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CREMERJ pede intervenção da ANS contra SulAmérica

25/03/2010


Representantes do CREMERJ e da SOMERJ estiveram reunidos na tarde dessa quarta-feira, 24, com gerentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para solicitar auxílio diante da atitude da SulAmérica em pressionar os médicos a adotarem a Tiss eletrônica. A operadora de plano de saúde tem enviado uma carta aos seus referenciados afirmando que aqueles que não processarem as faturas por meio eletrônico, não terão seus pagamentos efetuados. Ao CREMERJ, a empresa justificou que a ANS multaria as operadoras que não estivessem utilizando o sistema.

A Troca de Informações em Saúde Suplementar (Tiss) eletrônica envolve investimentos financeiros a curto e médio prazos. Entre eles estão a aquisição de computadores, de internet com alta velocidade, treinamento de secretárias, sistemas de segurança online, manutenção etc. Além disso, em muitos bairros do município do Rio de Janeiro há dificuldades para a instalação de internet banda larga.

“A SulAmérica argumentou que a ANS está cobrando a implantação da Tiss eletrônica e acenando em multar as operadoras, porque o prazo para que o sistema fosse integralmente implantado já expirou. Contudo, frente às dificuldades apresentadas pelos médicos, a agência ainda não emitiu nota alterando a data definida anteriormente e nega que esteja ameaçando multar os planos de saúde”, explicou a coordenadora da Comissão de Saúde Suplementar (Comssu) do CREMERJ, conselheira Márcia Rosa de Araujo. “Portanto, a SulAmérica não tem razão ao exigir e obrigar que o médico use a Tiss eletrônica”, acrescentou.

Presentes à reunião, os gerentes da ANS Rigoleta Dutra, Antônio Carlos Endrigo e Carlos Figueiredo garantiram que entrariam em contato com a SulAmérica para tentar solucionar o problema.

Para Márcia Rosa e o diretor da SOMERJ e conselheiro do CREMERJ José Ramon Varela Blanco, o prazo de implantação da Tiss eletrônica precisa ser prorrogado. “Entretanto, independentemente de termos uma nova data, acredito que as operadoras de planos de saúde poderiam usar alternativas que atraíssem os médicos a implementar o processo eletrônico, como diminuir o prazo para o pagamento”, destacou José Ramon. “Atualmente, a SulAmérica leva cerca de 30 dias para efetuar os pagamentos das faturas apresentadas. Isso significa que o médico só recebe pelos serviços prestados cerca de 60 dias após o atendimento ao paciente. Se esse prazo, pelo meio eletrônico, fosse de 10 ou 15 dias, muitos médicos ficariam estimulados a adotá-lo, apesar dos custos de implantação”, salientou.

Márcia Rosa ainda solicitou aos gerentes da ANS que levassem novamente a atual questão da Tiss eletrônica ao Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (Copiss), por se tratar de um problema de proporções nacionais.