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Desagravo público: médica esclarece constrangimento sofrido

14/04/2022

O CREMERJ realizou uma sessão de desagravo público, nesta terça-feira, 12 de abril, em favor de Victória Antunes Godinho Avelar. Em setembro do ano passado, a médica foi vítima de publicação pejorativa em mídias sociais que a expunha durante o exercício profissional.

No início da reunião, que foi transmitida ao vivo pelo canal do Conselho no Youtube, o relator do caso, conselheiro Sylvio Provenzano, explicou os fatos apurados e fez a leitura do relatório. Ele esclareceu que a médica recém-formada teve fotografias copiadas de sua rede social, as quais foram postadas, sem a sua autorização, em um perfil do site Instagram, administrado por uma médica que atua em São Paulo.

As imagens retratavam um momento em que, sob supervisão, fazia uma punção venosa profunda em um paciente, em uma Unidade de Pronto Atendimento do Rio de Janeiro, porém sem estar completamente paramentada para a situação. Tais fotos apresentavam legendas humilhantes, que motivaram dezenas de comentários dos seguidores e a sua consequente viralização na internet.

O relator destacou que em muitas dessas unidades de saúde não é possível estar totalmente equipado, devido à falta de capotes e jalecos que não são disponibilizados. “A doutora Victória teve sua imagem pessoal e profissional maculada, enquanto estava no pleno exercício da profissão, enfrentando dificuldades já conhecidas, tais como a falta de alguns itens e insumos básicos que devem ser fornecidos ao médico”, concluiu Sylvio.

Na sequência da sessão, Victória teve a oportunidade de realizar sua defesa pública, conforme previsto pela Resolução CFM Nº 1899/2009. Na ocasião, ela enfatizou que não conhecia a médica que utilizou sua imagem, e que foi avisada por amigos sobre a existência da publicação durante um plantão.

“Procurei o CREMERJ e obtive ajuda. Hoje, movo uma ação na justiça em função desse fato. Jamais pensei que passaria por isso na minha vida, pois, desde quando me formei, procurei fazer sempre o melhor em todas as situações”, disse a médica.

No encerramento, o presidente do CREMERJ, Clovis Munhoz, declarou que para o Conselho é uma satisfação poder proporcionar esse desagravo público à médica que sofreu um constrangimento indevidamente. “Gostaria de dizer também aos demais colegas que o CREMERJ está de portas abertas para dar o acolhimento necessário àqueles que passarem por qualquer tipo de situação vexatória em seu âmbito profissional”, finalizou Clovis.

Para assistir à íntegra da sessão, clique aqui.