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Maternidade tem carência de anestesistas

19/02/2010

CREMERJ mantém recomendação de fechamento da unidade neste período.

 

Nesta sexta-feira, dia 19 de fevereiro, o CREMERJ recebeu a informação de que a Maternidade Oswaldo Nazareth, antiga Praça XV, ficaria 36 horas sem médicos anestesistas em suas equipes. Não há anestesistas escalados para três plantões (de 12 horas cada): sábado/dia, sábado/noite e domingo/dia. No último fim de semana, a unidade também ficou sem anestesista no plantão de 19h de sábado até 7h de domingo. O CREMERJ mais uma vez recomenda que a unidade feche as portas neste período, caso a Secretaria Municipal de Saúde não contrate anestesistas para cobrir estes três plantões. Os baixos salários propostos pelo governo, além da precariedade do vínculo, praticamente inviabilizam a contratação de médicos.
“É importante alertar a população que é impossível prever se um parto, seja normal ou não, terá alguma intercorrência em que seja necessária uma intervenção cirúrgica. E qualquer intervenção deste tipo, precisa da atuação e do acompanhamento de um anestesista. \"O CREMERJ recomenda o fechamento da unidade como uma medida para preservar as próprias pacientes e os médicos que atuam na maternidade Praça XV”, afirma Luís Fernando Moraes, presidente do CREMERJ.

CREMERJ vistoriou a unidade recentemente
Há cerca de dois meses, a Comissão de Saúde Pública do CREMERJ denuncia um grave problema que tem provocado o adiamento de cirurgias eletivas em hospitais do município: a falta de médicos anestesistas. O Instituto Municipal da Mulher Fernando Magalhães, o Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth - Praça XV e o Hospital Municipal Souza Aguiar apresentam os quadros mais críticos. Nos últimos meses, mais de 80% das cirurgias ginecológicas agendadas no Fernando Magalhães foram suspensas. No Souza Aguiar, os anestesistas têm atendido apenas os casos de emergência. Enquanto a Praça XV tem a metade do número de anestesistas necessários para atender a demanda da unidade.
A Maternidade Praça XV contava com 10 anestesistas, quando deveria ter 21 – três por cada plantão de 24 horas. Há mais de um ano, a maternidade sofre com a falta de médicos, o que teria provocado, inclusive, a redução da oferta de leitos. Atualmente, os plantões da unidade contam com apenas dois médicos plantonistas que ficam responsáveis pelo suporte às salas de parto, pela rotina em 70 leitos do alojamento conjunto, cinco leitos da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTI) e 15 da Unidade Intermediária (UI) e mais os pacientes isolados que chegam à maternidade.  Faltam 32 pediatras (neonatologistas), 23 obstetras, além de anestesistas, radiologistas e psiquiatras. Também há carência de outros profissionais de saúde como fisioterapeutas, psicólogos e mais de 20 enfermeiros.