CREMERJ e entidades se unem pela vacinação dos acadêmicos
13/05/2021
O CREMERJ e a Associação dos Estudantes de Medicina Do Estado Do Rio de Janeiro (Aemed) encaminharão ofício a todos os municípios do estado reivindicando a imunização contra Covid-19 para os acadêmicos que estão atuando em unidades de saúde. A ação é motivada por conta da ausência dos estudantes no calendário de vacinação dos profissionais a Saúde. Também assinarão o documento a Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), a Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Acamerj) e o professor do Departamento de Planejamento em Saúde do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF) Armando Cypriano Pires.
Segundo o presidente da Aemed, Miguel Augusto Martins Pereira, o Plano Nacional de Imunização (PNI) determina que os acadêmicos têm direito a vacina, assim como os profissionais da saúde já formados. Ele destaca que alguns municípios vacinaram parte dos acadêmicos, mas que a falta de doses não garantiu uma imunização uniforme, e muitos continuam em campo sem vacina.
“Em Niterói e no Rio, por exemplo, alguns conseguiram se vacinar, mas ainda há um grande número que não. Está acontecendo uma distribuição desigual, pois cada unidade está atuando de uma forma. Isso poderia ser resolvido com a inclusão dos acadêmicos no calendário dos profissionais de saúde e se todos os municípios cumprissem a determinação do PNI”, declarou Miguel.
A diretora do CREMERJ Beatriz Costa ressaltou que, além de colocar os estudantes em risco, a falta de imunização compromete o aprendizado dos futuros médicos por conta da suspensão das atividades práticas em determinadas universidades. Ela destacou que o CREMERJ defende que todos os estudantes de medicina sejam incluídos no calendário de vacinação e que o Conselho fará uma campanha de sensibilização do legislativo e executivo.
“Os estudantes de medicina têm que ser visto como profissionais da Saúde em formação, pois eles atuam diretamente no atendimento dos hospitais, e a falta da vacinação impacta na qualidade da formação desses futuros médicos. Nossa intenção é fazer uma proposta ao legislativo de inclusão dos acadêmicos no calendário como projeto de lei e colocá-los no grupo prioritário de forma definitiva. Hoje temos a questão da pandemia, mas futuramente pode ser outra doença e eles voltarão a ficar vulneráveis. Por isso, essa mudança tem que ser uma política de Estado e não uma política de governo” reforçou Beatriz.
O professor Armando Cypriano e o presidente da Acamerj, Luiz José Romêo Filho, também reforçaram a necessidade da imunização dos acadêmicos e ressaltaram que eles devem ser considerados profissionais em formação, já que atuam nas unidades no atendimento direto aos pacientes diminuindo a sobrecarga dos profissionais da saúde. Cypriano ainda reforçou a necessidade de engajamento das faculdades na elaboração de uma lista dos estudantes que estão na linha de frente.
Também participou da reunião a diretora da Somerj Zelina Maria Caldeira.