Inca II sofre com déficit de recursos humanos
25/04/2019
O Departamento de Fiscalização (Defis) do CREMERJ visitou, nesta quarta-feira, 24, o Instituto Nacional do Câncer II (Inca II) para mais uma etapa das ações nos hospitais federais Rio de Janeiro. A constatação do Defis foi de que o déficit de recursos humanos, principalmente na área técnica de enfermagem, é o problema de maior gravidade no hospital.
Os diretores, técnico e médico do Inca, Paulo Mora e Luiz Fernando Nunes, respectivamente, acompanharam a visita do Defis aos setores de Emergência, CTI, ambulatório de ginecologia, quimioterapia e enfermaria. O Inca II é um hospital com foco no tratamento ginecológico, sarcoma e câncer de pele. Possui seis leitos de CTI, setor quimioterápico com 10 poltronas e dois leitos, ambulatório com 26 salas e enfermaria dividida por leitos climatizados.
Segundo Paulo Mora, em média, o hospital realiza 10 atendimentos por dia no setor de ginecologia oncológica e a maioria dos pacientes são regulados pelo CER. Ele também garantiu que a maior parte dos contratos de trabalho é feito por meio de concurso público e por empresas terceirizadas e uma minoria de contratos temporários.
“Desde 2014 perdemos 400 horas de trabalho na cirurgia oncológica, pois alguns médicos se aposentaram e outros foram transferidos. Porém, não diminuiu o número de pacientes recebidos. No ano de 2017, o Inca foi responsável por 90% da regulação estadual, com cerca de 1500 pacientes novos por ano. A falta de médico nos limita, mas a carência de enfermeiros e técnicos de enfermagem prejudica ainda mais o funcionamento do hospital, pois não podemos nem abrir um leito. A chefe de enfermagem começa o mês sem saber como vai fechar a escala de trabalho e plantões”, explicou o diretor.
Paulo Mora ainda afirmou que, desde 2015, o Inca demanda ao Ministério Público, ao Ministério de Planejamento e ao Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) orçamento para contratação de recursos humanos. “Pelo menos a cada seis meses nós atualizamos esse redimensionamento de profissionais”, declarou o diretor.