Reunião discute falta de registro de RTs em hospitais
05/04/2018
A convite da diretoria do CREMERJ, o subsecretário da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), Alexandre Chieppe, e a superintendente em Saúde, Cláudia Mello, participaram de uma reunião sobre a falta de registros de responsáveis técnicos (RTs) no Conselho na rede hospitalar do Rio de Janeiro, nessa quarta-feira, 4. Tanto para as unidades públicas, quanto para as privadas, foi acordado entre as partes uma parceria para regularizar a situação.
Segundo o coordenador de fiscalização do Conselho, Gil Simões, 40% dos diretores técnicos não tem registro no CREMERJ, o que impossibilita o cumprimento das exigências éticas.
“Os hospitais trabalham com equipes desfalcadas, emergências e CTIs sem chefia, superlotação, entre outros problemas. Se o diretor geral não é médico e o secretário de saúde também, como iremos cobrar o que é decretado por lei? Para nós é fundamental que haja um caminho para resolvermos essas questões para sanar os problemas” – ressaltou o coordenador.
A superintendente explicou que o RT médico é imprescindível, pois é a interface com os hospitais, e que a secretaria exige formação médica para o cargo nas revalidações de licenciamento, mas que não é feita a conferência do registro no CREMERJ. Ela também informou quais setores é obrigatória a contratação de RTs.
“Não imagino uma unidade funcionando sem RT. Exigimos o cargo nas áreas hospitalar, laboratório, radiologia, hemoterapia e farmácia”, disse Cláudia.
O presidente Nelson Nahon, que também esteve presente, ressaltou a importância da vistoria nos cinco setores.
“Essas áreas não constam em nosso protocolo de fiscalização, vamos incluí-las em nossas avaliações”, frisou.
Marília de Abreu, membro da diretoria do CREMERJ, esclareceu que se a gerência de um hospital contrata um profissional RT e não o registra no Conselho, ele não é reconhecido como diretor.
O subsecretário se comprometeu a encaminhar todas as unidades identificadas sem um responsável técnico registrado para que o CREMERJ tome as devidas providências. Ele também explicou que a unidade é autuada e multada. Além disso, acordaram com o Conselho fiscalizações conjuntas para identificar os RTs não registrados.
O CREMERJ entrará com um ofício para formalizar o convênio com a vigilância em saúde da SES-RJ.
Participaram da reunião os conselheiros Érika Reis e Pablo Vazquez.