CREMERJ promove Café com a Cocem no Into
06/04/2017
A coordenação da Comissão de Ética Médica (Cocem) do CREMERJ promoveu mais um Café com a Cocem, nessa terça-feira, 4. Desta vez, o encontro aconteceu no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Participaram do evento os membros da comissão de ética do hospital, o coordenador da Cocem e vice-presidente do CRM, Serafim Borges, e os diretores Erika Reis, Ana Maria Cabral e José Ramon Blanco, que também preside a Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj).
“O objetivo da nossa vinda aos hospitais é uma tentativa de fortalecer as comissões de ética. Aqui é um instituto e sabemos que está vinculado ao ensino, à pesquisa e à assistência, motivos que reforçam a necessidade do bom funcionamento dessa unidade”, iniciou Serafim.
À frente da comissão de ética médica do Into, Fernando Pina listou como principais problemas enfrentados os contratos de trabalho emergenciais, a falta de insumos e a recente paralisação do laboratório. “Estamos em um momento de troca de diretoria na unidade, os impasses são muitos. A visita do CREMERJ foi bastante pertinente”, disse.
Fernando Pina e os demais membros da comissão também se queixaram da falta de recursos humanos, devido a contratos de caráter emergencial e a recorrente falta de insumos e de materiais ortopédicos.
“O Into é reconhecido pelos serviços de pesquisa e formação de residente, mas principalmente assistencial. E é cobrado pelo número de cirurgias que realiza, com metas a serem alcançadas. Porém, o que acontece é que, percentualmente, esse número está em queda muito devido ao déficit de insumos. A assistência está piorando e a vivência que temos é de cirurgias sendo suspensas por falta de material”, reforçou.
Segundo Serafim Borges, as questões apresentadas pela comissão de ética médica da unidade são graves e requerem mais debates e providências urgentes. “O CRM defende que médicos e profissionais de saúde tenham condições dignas de trabalho, para que possam dar suporte e assistência de qualidade ao paciente. A questão do laboratório é grave e a falta de insumos é recorrente. Sabemos que as comissões de ética médica primam por condições adequadas para exercer eticamente a medicina. Nós temos ainda muito trabalho pela frente”, finalizou o coordenador da Cocem.