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CREMERJ promove ato em defesa da criança desaparecida

13/03/2017

O CREMERJ promoveu um ato público de conscientização e alerta da sociedade para o crescente número de desaparecimento de crianças e adolescentes no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Com iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM), o evento foi realizado nesse domingo, 12, na Praia de Copacabana, e reuniu diversas entidades médicas, a Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação da Criança e do Adolescente (FIA).Foram distribuídos panfletos informativos e pulseiras de identificação para os pais e responsáveis que passeavam pela orla. A ação faz parte das atividades da Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida.   

“No Brasil, temos cerca de 50 mil crianças e adolescentes desaparecidos por ano. São Paulo detém 30% desse número e em seguida vem o Rio de Janeiro. Por trás disso, sabemos que existe adoção ilegal de menores, prostituição infantil e trabalho escravo. Precisamos alertar a sociedade e divulgar a Lei da Busca Imediata, que, em casos de desaparecimento de menores de 18 anos, exige da polícia busca urgente. Além disso, os pais e as autoridades podem adotar medidas preventivas, como o uso de pulseiras de identificação em grandes eventos e nas praias”, explicou o presidente do CREMERJ, Nelson Nahon.

O diretor do CFM e conselheiro do CREMERJ Sidnei Ferreira reforçou a importância da realização do ato em todo o país, como fonte de informação e aviso à população. “É importante alertar para questões como a integração do cadastro nacional de desaparecimento. Não é possível dizer que uma criança desapareceu e só um distrito ter conhecimento. Nas rodoviárias é preciso exigir documentos e alertar os médicos que atendem crianças e adolescentes sem identificação. Temos que estar atentos”, acrescentou Sidnei.

A presidente da Soperj, Isabel Madeira, também chamou a atenção para a importância da prevenção e reforçou a responsabilidade dos médicos pediatras de orientar e, em casos de desaparecimento, encaminhar a família aos órgãos competentes e apoiar as ações jurídicas.  
 
Presidente da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), o conselheiro José Ramon Blanco, citou a dificuldade da sociedade em lidar com crianças e idosos. “Em casos de desaparecimento, não creio que seja desassistência dos responsáveis, isso envolve uma série de outras questões, inclusive da área criminal. Portanto, todo movimento que visa uma reestruturação da sociedade, diante de caminhos éticos e ações sadias entre os cidadãos, a Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro sempre estará junto. No caso das crianças desaparecidas, precisa ser despertada a consciência coletiva de que há órgãos para denúncia preparados para buscar uma solução. É preciso conhecer, conscientizar e saber onde se dirigir para dar um basta nesse tipo de violência”, concluiu Ramon.

Também estiveram presentes no evento, os conselheiros Luis Fernando Moraes e Gilberto dos Passos.