Reunião debate reabertura da pediatria no Hospital da Piedade
09/02/2017
Representantes do CREMERJ estiveram nessa segunda-feira, 6, no Hospital Municipal da Piedade para debater a condição do serviço de pediatria da unidade. Após o setor ser desativado na última sexta-feira, 3, e as crianças internadas transferidas na madrugada sem o consentimento da equipe médica e dos responsáveis, o Conselho abriu sindicância para apurar a situação.
A reunião contou com a participação do diretor do CREMERJ Gil Simões, do conselheiro federal e secretário geral da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sidnei Ferreira, do presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro (Amererj), João Felipe Zanconato, da presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), Isabel Madeira, do chefe de serviço da unidade, Marcos André Giffoni, e de muitos staffs e residentes do hospital.
Na ocasião, Marcos André relatou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) decidiu manter o serviço aberto.
“A SMS nos informou que, por meio de edital lançado no Diário Oficial, fará contratos temporários emergenciais para resolver a questão dos plantonistas. O prazo que nos deram é de, no máximo, 20 dias para que os novos profissionais comecem a trabalhar e a enfermaria volte a sua atividade normal. Enquanto isso faremos escala de rodízio nos fins de semana para suprir o déficit na pediatria”, disse.
Para Sidnei Ferreira e Gil Simões, essa foi uma grande vitória. “A batalha foi vencida. Porém temos que nos manter unidos e prestar atenção para não haver nenhum problema extra, tomando cuidado quando houver necessidade de internação e transferências, sempre dentro do exercício ético da medicina”, alertou Sidnei.
Isabel Madeira também reforçou a necessidade de união da categoria médica. “Estaremos sempre juntos para as questões emergenciais, mas quero enfatizar a necessidade de maior participação dos colegas nas entidades e sociedades médicas. Temos que nos unir”, garantiu Isabel.
Já o presidente da Amererj destacou a preocupação com os residentes e a queda da qualidade no ensino médico na unidade. “A parte assistencial é muito importante, porém o ensino também deve ser priorizado, já que o residente daqui vai aprender e fazer parte do assistencial também em outros hospitais”, alegou.
Gil Simões encerrou a reunião parabenizando a todos pela atitude em prol do Hospital da Piedade. “Esse hospital sempre teve uma reação firme em defesa da medicina e dos seus pacientes. Acredito que essa vitória seja absoluta e irrevogável. Já em relação aos residentes, há que se cobrar dos staffs a manutenção das atividades, enquanto não volta a funcionar normalmente a parte de assistência médica. Nosso papel é denunciar”, concluiu.