Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Sociedade de Infectologia orienta conduta com a febre amarela

01/02/2017

Em virtude da ocorrência de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou informativos para orientar a população e profissionais de saúde sobre as ações a serem adotadas quando houver suspeita da doença. O documento alerta que, se isto acontecer, é importante investigar história de viagem para o Estado mineiro em indivíduos sintomáticos, no período de até 15 dias antes do início dos sintomas, e avaliar histórico vacinal.

No Brasil é indicada a vacina contra a febre amarela para toda a população residente ou viajante para Áreas com Recomendação de Vacina (ACRV). A vacina está disponível em diversas unidades básicas de saúde e deve ser administrada pelo menos dez dias antes do deslocamento, para garantir o desenvolvimento da imunidade. Vale ressaltar que o Rio de Janeiro não está entre as cidades que constam nas áreas recomendadas para a vacinação.

Preventivamente, no Estado do Rio de Janeiro está sendo realizado um bloqueio vacinal nas regiões noroeste, norte, centro sul e região serrana, ou seja, nos municípios que fazem divisa com Minas Gerais. 

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda com grande importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas. Possui dois ciclos epidemiológicos distintos: silvestre e urbano. É transmitida através da picada do mosquito Haemagogus (forma silvestre) e do Aedes aegypti (forma urbana), não havendo transmissão de pessoa para pessoa. 

Para a conselheira e infectologista Marília de Abreu, é importante frisar que nem todas as pessoas podem ou devem receber a vacina. Segundo ela, algumas situações clínicas aumentam o risco de complicações, o que leva a não indicar a sua aplicação.

“O risco de contrair a doença é maior para as pessoas com mais de 60 anos de idade e qualquer pessoa com alterações no sistema de defesa, como portadores de HIV/aids, transplantados, pessoas com doenças reumatológicas que usam imunossupressores, entre outros. Por isso os pacientes devem ser avaliados criteriosamente. No momento, acredito que o bloqueio vacinal nessas áreas é a melhor decisão”, frisa Marília.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro também divulgou uma nota técnica com recomendações para intensificação da vigilância da febre amarela no Estado. A nota pode ser conferida no site do órgão.