Assembleia de Convênios aprova propostas de reajustes
25/11/2016
Durante Assembleia Geral de Convênios nessa quarta-feira, 23, os médicos aprovaram a proposta de reajuste de honorários apresentada pela Amil, Dix e Medial e o envio de ofícios à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) denunciando que a Geap não encaminhou qualquer proposta e que a Intermédica/Notredame apresentou valores incompatíveis. Convocado pelo CREMERJ, pela Somerj e pelas sociedades de especialidade, o encontro definiu, ainda, enviar à agência a listagem das operadoras que propuseram valores abaixo do IPCA.
Com o reajuste, o valor acordado para consultas pela Amil é de 86 reais, a partir de 1º de novembro. Já consultas pelas operadoras Medial e Dix passaram para o valor de 84 reais.
Os médicos decidiram, ainda, iniciar as negociações com as empresas para o próximo ano solicitando àquelas que não chegaram ao valor do IPCA em 2016 a complementação do índice faltante mais o reajuste anual a ser aplicado na data de aniversário do contrato.
Ao abrir a assembleia, o coordenador da Comissão de Saúde Suplementar (Comssu) do CREMERJ, conselheiro José Ramon Blanco, relatou as dificuldades em se reunir com os representantes da Geap.
"Tentamos marcar com eles várias vezes, através de e-mails e ligações, mas ou eles argumentavam que não poderiam vir ou não apareciam no dia e hora combinados. Vamos encaminhar um ofício para a ANS e exigir que a agência tome providências", salientou.
A Intermédica/Notredame ofereceu reajuste de 7%, o que elevaria a consulta de R$ 55,00 para R$ 58,85, ainda muito abaixo do que é pago pela maioria das empresas.
"Os valores praticados são incompatíveis com a prestação de serviços médicos", frisou a conselheira Márcia Rosa de Araujo, membro da Comssu do CREMERJ e do CFM.
Outros pontos discutidos pelos médicos foi a carta enviada pela SulAmérica aos prestadores informando sobre a prorrogação do pagamento das guias e a denúncia de que o Bradesco não está pagando o valor do aluguel de aparelhos de videolaparoscopia, quando é de propriedade do cirurgião.
"Vamos convidar as empresas para uma reunião com o objetivo de discutir esses assuntos. No caso da SulAmérica, eles sempre praticaram o pagamento em 15 dias. Quanto ao Bradesco, esse era um problema que, até onde sabemos, não acontecia. Tentaremos buscar a solução desses casos", afirmou José Ramon.
Ao fim da assembleia, foram definidas ações de luta para o próximo ano, dentre elas reuniões com as sociedades e as câmaras técnicas para tratar de assuntos específicos de cada especialidade.