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Hospital Estadual Roberto Chabo pode fechar em 30 dias

22/11/2016

O Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), referência nos atendimentos de alta e média complexidade na Região dos Lagos, poderá suspender o atendimento à população nos próximos 30 dias. O anúncio foi feito por representantes do Instituto Sócrates Guanaes – Organização Social (OS) responsável pela administração da unidade – durante reunião no CREMERJ com os diretores da entidade Nelson Nahon e Gil Simões, ocorrida nesta segunda-feira, 21. O motivo apontado pelos gestores é o atraso dos repasses dos Governos do Estado nos últimos meses, o que vem impossibilitando a manutenção da unidade. 

Segundo o superintendente técnico-científico do instituto, André Guanaes, a dívida do Estado com a OS chega a R$ 22 milhões. Por conta do atraso nos pagamentos, a empresa não tem conseguido arcar com compromissos com prestadores de serviços, tais como limpeza, segurança e alimentação, além de fornecedores e das equipes médicas e demais colaboradores. Também faltam medicamentos e equipamentos, como os de tomografia e hemodiálise, que estão inoperantes devido à falta de manutenção. 

Durante a reunião, André Guanes anunciou que ainda esta semana entregará um ofício à Secretaria de Estado de Saúde (SES) comunicando sobre a suspensão das atividades do instituto no HERC. Os diretores do CREMERJ recomendaram que, além da SES, o Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro também sejam avisados sobre a paralisação da unidade. 

“Temos denunciado, há muito tempo, que se continuasse do jeito que estava unidades fechariam as portas. Temos feito muitas ações para tentar melhorar, como coletivas de imprensa, reuniões com o secretário estadual, além de contatos com Ministério Público e Defensoria Pública. Solicitamos ainda intervenção federal e fomos ao ministro da Saúde, que não prometeu nenhuma ajuda. O Governo do Estado continua sem repassar os 12% da arrecadação dos impostos para a Saúde. A preocupação do CREMERJ é extremamente grande porque vários serviços estão fechando, o que prejudica em muito a população e as condições de trabalho dos médicos. Estamos receosos com o que vai acontecer até o final do ano”, declarou Nahon.