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Rocha Faria: prefeitura extingue Setor de Otorrino

27/07/2016

O Serviço de Otorrinolaringologia no Hospital Municipal Rocha Faria (HMRF), responsável por atender casos de emergência em toda a Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi extinto. Com o fim do atendimento dessa especialidade, toda a região ficou desassistida e as urgências foram transferidas para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Os impactos da medida foram tema de reunião nessa segunda-feira, 25, com representantes da Comissão de Saúde Pública do CREMERJ e médicos que atuavam na unidade. 

De acordo com o ex-chefe do serviço do HMRF, Alessandro Goldner, 15 médicos integravam a equipe, que contava com dois especialistas por plantão. O setor era responsável por atender casos emergenciais de baixa e média complexidade, oriundos de demanda da própria unidade e externa. Ele explicou que todos os colegas que atuavam no Rocha Faria foram transferidos para outras unidades e que alguns deles, agora, atuam em atividades administrativas na Fundação Municipal de Saúde. 

“Não tivemos nenhuma explicação sobre os motivos do fim do serviço de otorrinolaringologia, simplesmente fomos dispensados. O serviço funcionava há 30 anos e era referência dos bairros de Guaratiba à Penha, 24 horas por dia. A equipe era composta por especialistas altamente capacitados e com mais de dez anos de serviço no HMRF”, disse Goldner.

Em janeiro, a prefeitura do Rio de Janeiro assumiu a gestão do hospital com a promessa de melhorar a assistência na unidade. No entanto, denúncias feitas ao CREMERJ apontam a redução gradativa no número de atendimentos. Além da otorrinolaringologia, o Serviço de Emergência de Oftalmologia também foi extinto e 100 leitos foram desativados. Atualmente, a unidade é administrada por uma Organização Social (OS). 

“Vamos chamar a direção do HMRF para prestar esclarecimentos sobre a extinção desse serviço e sobre a redução dos leitos. Queremos saber para onde essas atividades foram transferidas. A população dessa região precisa dessa assistência e não pode sofrer com a crise financeira do município e do Estado”, declarou o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon. 

Ainda participaram da reunião o diretor do CREMERJ Gil Simões e o otorrinolaringologista José Leopoldo Rosa Silmos.