CREMERJ reafirma apoio à recuperação da Santa Casa
25/09/2015
O CREMERJ manifestou apoio à recuperação da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro durante reuniões ocorridas na instituição, nessa segunda-feira, 21. O presidente do Conselho, Pablo Vazquez, e a conselheira Kássie Cargnin se reuniram com representantes da instituição, que confirmaram que a unidade ainda enfrenta graves problemas financeiros.
O hospital geral do grupo filantrópico, interditado em outubro de 2013 pela Vigilância Sanitária, foi reativado parcialmente em novembro do mesmo ano após intensa mobilização dos médicos e funcionários da Santa Casa, do CREMERJ e de outras entidades médicas. Até hoje, a unidade continua funcionando dessa forma e tenta se adequar à atual regulamentação da Vigilância Sanitária, entretanto precisa de reformas.
Os médicos do grupo relataram que um projeto está sendo elaborado, com o objetivo de identificar o meio viável para enquadrar os serviços às normas estabelecidas pela Vigilância, como por exemplo, a criação de um centro cirúrgico único. O regimento interno do hospital também está sendo reformulado para acompanhar as mudanças exigidas.
De acordo com os representantes da Santa Casa, as obras são necessárias, mas é fundamental garantir a manutenção dos serviços para que não haja perdas nem sucateamento.
Contudo, para colocar em prática os projetos de restauração da Santa Casa, é preciso quitar algumas dívidas, com destaque para o Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que permite a liberação da Certidão Negativa de Débitos (CND). “Com esse documento poderemos tornar viáveis os nossos planos de reerguer essa instituição. Nossa expectativa é de pagá-lo a curtíssimo prazo, pois isso vai aumentar em muito a credibilidade da Santa Casa”, esclareceu o mordomo da Saúde da unidade, José Galvão.
O presidente do CREMERJ reforçou a importância da CND, lembrando que, na época do movimento pela reativação total da Santa Casa, os secretários de Saúde do município e do Estado ressaltaram a necessidade do documento para fornecer apoio à instituição.
“O funcionamento da Santa Casa é fundamental para o Rio de Janeiro. É uma unidade que é referência, conta com excelentes profissionais e atende dignamente à população. Eu fui interno dessa instituição e atuei num movimento vitorioso da residência médica daqui, então tenho uma história também nesse hospital. O CREMERJ está empenhado nessa luta e reafirma seu apoio pela recuperação da Santa Casa”, declarou.
Para o provedor da instituição filantrópica, Francisco Horta, o período em que a Santa Casa suspendeu os seus atendimentos, mesmo que parcialmente, é irreparável para a saúde pública.
“Atendíamos aqui um grande número de pessoas e essa desativação, mesmo que parcial, prejudicou bastante os atendimentos, pois muitos serviços não foram reativados. O apoio do CREMERJ é muito importante para nós. Agradeço por isso”, disse.
Representantes da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de Rio de Janeiro (Sgorj) também colocaram a importância de reabrir a maternidade quando for viável.
A reunião contou ainda com a participação do mordomo e chefe de clínica da cirurgia plástica da Santa Casa, Francesco Mazzarone; do chefe de ginecologia da instituição e vice-presidente da Sgorj, Silvio Silva Fernandes; da diretora médica da Santa Casa, Fátima Vasconcellos; e da diretora da Sgorj Therezinha Cardoso.