Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Rocha Faria: CREMERJ constata falta de médicos e superlotação

20/04/2015

Em fiscalização nessa sexta-feira, 17, o CREMERJ constatou que é crítica da situação do Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande. Na unidade, há problemas de falta de médicos, precariedade de equipamentos e superlotação na emergência e na maternidade.
 
A situação se agrava com o atraso de três meses dos salários dos médicos. Segundo colegas, a última data de recebimento foi dia 10 de janeiro. Em razão disso, o hospital tem apresentado déficit de profissionais em vários setores há dias. No domingo, 12, por exemplo, não havia cirurgião no pronto-socorro; e, na quarta-feira, 15, a unidade ficou sem clínico geral para atendimento. Além disso, não há neurocirurgião atendendo na unidade. 

“A falta de recursos humanos é uma questão gravíssima no Rocha Faria. Por isso, o CREMERJ continua lutando para que haja concursos públicos com salários dignos, condições adequadas de trabalho e, obviamente, um atendimento de qualidade para os pacientes. A população não pode ficar desassistida”, afirmou o coordenador da Comissão de Fiscalização do CREMERJ, conselheiro Gil Simões.

Outra preocupação é em relação à infraestrutura do hospital. Com vários equipamentos com defeito, a unidade não tem como consertá-los, já que o contrato de manutenção expirou em julho de 2014. Desde essa data, não há trocas, consertos nem reposição. As duas únicas ambulâncias do hospital também estão quebradas e a unidade precisa recorrer à central para realizar as transferências de pacientes.

Na UTI neonatal, as incubadoras não estão funcionando e a maternidade está sem refrigeração, além de apresentar superlotação e falta de leitos.

Segundo a vice-presidente do CREMERJ, Ana Maria Cabral, a unidade só continua com as portas abertas porque os fornecedores estão mantendo a grade de medicação, mesmo com o atraso de seis meses de pagamento.

“É realmente uma situação preocupante. Os médicos que ainda permanecem na unidade não sabem como lidar com a situação para garantir um bom atendimento aos pacientes”, disse.

O CREMERJ enviará o relatório da fiscalização para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para que as medidas necessárias para o bom funcionamento da unidade sejam tomadas.