Movimento dos peritos do RJ ganha apoio da Câmara Municipal
17/12/2014
Médicos peritos do município do Rio de Janeiro promoveram uma reunião nessa segunda-feira, 15, com a participação de representantes do CREMERJ, do Sinmed-RJ e da Câmara Municipal. A novidade, segundo os peritos, foi que o prefeito Eduardo Paes liberou o pagamento de uma gratificação mensal para o grupo. O aumento salarial era uma das reivindicações do movimento, que ganhou força no início deste ano.
No encontro, o vereador Carlos Eduardo, que preside a Comissão de Saúde da Câmara, se comprometeu a ser um interlocutor junto ao prefeito para lutar pelas outras reivindicações da categoria, que visam melhores condições de trabalho, a realização de concurso público com salários dignos e a implementação de um plano de cargos, carreira e vencimentos.
" É fundamental atender aos anseios dos médicos peritos, pois eles representam importante força de trabalho voltada para o funcionalismo público municipal", afirmou o vereador, ressaltando a importância da participação do CREMERJ e do Sinmed-RJ nas negociações.
Para o vice-presidente do Conselho, Nelson Nahon, a liberação da gratificação representa uma conquista do movimento, porém há outros pleitos, e por isso a luta deve continuar.
"Ainda é grande a falta de recursos humanos no setor e as condições de trabalho continuam precárias. Todo esse quadro precisa mudar. Além disso, os colegas merecem um plano de cargos, carreira e vencimentos", acrescentou Nahon.
No encontro, ficou decidido que o vereador Carlos Eduardo, com o apoio do CREMERJ e do Sinmed-RJ, agendará uma reunião com o prefeito Eduardo Paes, em fevereiro de 2015, para dar continuidade às negociações do movimento. Para facilitar o diálogo, metas foram traçadas: em curtíssimo prazo, o aumento das gratificações; em curto prazo, a abertura de concurso público com salários dignos; e a médio prazo, uma solução para a dívida que a prefeitura tem com os peritos há anos.
Sobre a greve da perícia, ocorrida em meados deste ano, que foi considerada ilegal pela Justiça do Rio de Janeiro, o presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze, reafirmou novamente se tratar de um absurdo e informou que há articulações em Brasília para rever essa questão.