Ato público no Getúlio Vargas reúne cerca de 200 pessoas
20/02/2014
Médicos e funcionários do Hospital Estadual Getúlio Vargas protestaram nesta quarta-feira, 19, contra a privatização da saúde, salários indignos, falta de concurso público e péssimas condições de trabalho. O ato, que contou com o apoio do CREMERJ e do Sinmed-RJ, reuniu cerca de 200 pessoas, que, com faixas e palavras de ordem, demonstraram a sua insatisfação com o sucateamento da unidade.
Os manifestantes denunciaram a ameaça da implantação de uma Organização Social (OS) no hospital e a transferência dos estatutários, alguns com mais de 20 anos de casa, para outras unidades. Além disso, médicos e outros profissionais de saúde chamaram a atenção para a falta de recursos humanos e para a superlotação da emergência.
O presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, reafirmou apoio à luta dos médicos do Getúlio Vargas. Ele considerou como absurdo o descaso das autoridades com a saúde pública e criticou a terceirização da saúde.
“Lutamos por melhores condições de trabalho, salários justos, realização de concurso público e por um atendimento digno à população. Não há nenhum projeto de paralisação desse hospital, como alguns gestores disseram. Estamos reunidos para exigir respeito com a nossa profissão e com os nossos pacientes. Não apoiamos a privatização”, afirmou.
Na ocasião, Sidnei Ferreira ainda informou que, após a assembleia realizada no Getúlio Vargas na semana passada, esteve com o secretário estadual de Saúde, Marcos Musafir, e relatou os problemas da unidade. Musafir, por sua vez, garantiu que não haverá transferência de estatutários.
A diretora do Sinmed-RJ Sara Padron também repudiou a terceirização da saúde e defendeu condições dignas de trabalho e melhores salários.
Após a concentração na entrada principal do Getúlio Vargas, médicos, funcionários e representantes de entidades promoveram um abraço simbólico à unidade e fizeram passeata por trechos das avenidas Lobo Júnior e Brás de Pina. Apenas durante o ato, os serviços eletivos foram paralisados, mas o atendimento na emergência funcionou normalmente.
Integrantes de associações de bairro, conselhos distritais e sindicatos ligados à área da saúde também participaram da mobilização.