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Médicos protestam contra o sucateamento do Hospital do Fundão

30/10/2013

Médicos, acadêmicos de medicina, representantes de entidades e demais profissionais de saúde protestaram contra o sucateamento do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, nesta terça-feira, 29, em frente à entrada principal da unidade, também conhecida como Hospital do Fundão. Cerca de 100 pessoas compareceram à mobilização, que denunciou os problemas estruturais e de carência de insumos e de recursos humanos.

Médicos da unidade relataram que o atendimento à população é precário pela falta de investimentos. Entre os principais problemas estão: serviços de exames fechados, a emergência paralisada, a suspensão dos transplantes, a redução de leitos, a ausência de vagas no CTI e a formação deficitária dos residentes e acadêmicos. Para os colegas, é fundamental que o hospital tenha um orçamento próprio e que haja a contratação de novos médicos e funcionários.

O presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, declarou a sua indignação em relação ao sucateamento da unidade, assim como de todos os hospitais federais.

“É um crime o que acontece aqui diariamente, pois o estado de abandono é crítico. Esse é um hospital de formação para novos médicos e fundamental para a assistência à população, o que está cada vez mais difícil devido ao fechamento progressivo de serviços, da falta de valorização dos preceptores, de investimentos e de estrutura, entre muitos outros problemas. Enquanto esse hospital, que é referência, está nessas condições, o governo lança o programa Mais Médicos. Traz médicos do exterior e parece não se importar com aqueles que estão se formando no Brasil. Essa é uma medida eleitoreira e irresponsável. O que precisamos é de concurso público com salários dignos e de carreira de Estado”, declarou.

O residente André Pará falou sobre a importância dos residentes e acadêmicos se unirem ao movimento.

“Temos que fazer a nossa parte. Vamos lutar por melhorias, pois nossa estadia por aqui pode deixar resultados ainda mais positivos”, disse.

Já o médico Maurício Tostes, um dos organizadores da mobilização, ressaltou que o objetivo da manifestação é chamar a atenção da sociedade para a situação caótica da unidade.

“Um grupo de médicos se uniu porque tem acompanhado o sucateamento do hospital e não aceita isso. Agradecemos o apoio das entidades de classe, dos funcionários, da população e da imprensa. Acredito que nosso objetivo está sendo cumprido”, afirmou.

O ato público também contou com a participação dos conselheiros Felipe Victer e Vera Fonseca; do presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze; do presidente da Associação dos Renais Vivos e Transplantados do Rio de Janeiro, Roque da Silva; e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Francisco Carlos dos Santos.