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Assembleia geral dos médicos debate situação crítica da saúde

08/10/2013

Médicos debateram sobre a precariedade da saúde pública em assembleia geral, que aconteceu nessa segunda-feira, 7, na sede do CREMERJ. A categoria criticou veementemente a Medida Provisória 621/2013, que cria o programa “Mais Médicos”, por se tratar de uma política eleitoreira que não visa ao bem-estar da população, nem soluciona a crise da saúde.
 
“Nunca antes nesse país se agiu com tanta irresponsabilidade. As ações do governo beiram a insanidade. Não somos contra ter mais médicos na rede, desde que eles sejam qualificados e que isso seja comprovado, pois a população merece um atendimento digno. Essa MP é inconstitucional, ilegal e imoral. Estamos preocupados e não deixaremos de lutar”, declarou o presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira.
 
Na ocasião, a categoria debateu sobre assuntos relacionados ao piso salarial, à carreira de Estado para fixar o médico no interior e à realização de concursos públicos. Também foi confirmada a mobilização pelo Dia Nacional de Protestos contra a precariedade da saúde pública, que aconteceu na manhã desta terça-feira, 8, em frente à sede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
 
Para o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá, o governo federal deveria investir numa política que aumentasse o financiamento da saúde. Ele também incentivou os colegas a participarem do movimento médico.
 
“Vamos protestar, sim, com inteligência e denunciar toda essa crise. A base de uma política pública é um financiamento decente”, afirmou.
 
Estudantes e professores da Universidade Gama Filho também participaram da assembleia e falaram sobre a situação crítica da instituição. Mesmo depois dos esforços dos alunos que ficaram acampados na reitoria por mais de 70 dias, a mantenedora Galileo Educacional demitiu mais de 300 professores.
 
“Algumas disciplinas como ‘Saúde coletiva’ acabaram por falta de professores. Além disso, nenhuma instituição quer se conveniar à Gama Filho e à UniverCidade devido à crise na Galileo. O CREMERJ é solidário aos colegas e se coloca à disposição no que for possível. Também ficamos indignados com a falta de ética e de respeito com esses professores”, avaliou a conselheira Vera Fonseca.
 
O estudante da Gama Filho Rafael Collado falou em nome dos alunos de medicina.
 
“Temos cobrado muito do governo e temos visto uma relação de cumplicidade entre o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, e a Galileo Educacional. Mas, entramos nessa luta e não vamos desistir, porque, além dos nossos direitos, defendemos a Gama Filho, que tem uma identidade forte e tradicional. Agradecemos, inclusive, ao CREMERJ e a todas as entidades médicas que têm nos apoiado”, compartilhou Collado.
 
Participaram também da assembleia: os conselheiros Nelson Nahon, Pablo Vazquez, Serafim Borges, Erika Reis, Gil Simões, Kássie Cargnin, José Ramon Blanco, Marília de Abreu e Gilberto dos Passos; e o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze.