Na Gama Filho, greve de funcionários e suspensão de vestibular
02/08/2013
Funcionários administrativos da Universidade da Gama Filho iniciaram uma greve nesta sexta-feira, 2, em protesto aos salários atrasados. Segundo os estudantes de medicina, o grupo está proibindo o movimento de entrada e saída na instituição. A assessoria jurídica do CREMERJ tentou se reunir com os alunos na universidade, mas foi impedida de entrar no local, onde mais de 50 acadêmicos estão acampados desde o dia 16. O Conselho, por sua vez, continua em contato com os estudantes, prestando todo o apoio necessário.
O dia de hoje também foi movimentado pela suspensão do Ministério da Educação (MEC), por medida cautelar, dos vestibulares da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), ambas geridas pelo grupo Galileo Educacional, que enfrenta uma crise financeira. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira.
De acordo com o despacho da Secretaria de Supervisão e Regulação do Ensino Superior (Seres), a medida foi tomada em razão do descumprimento de compromissos trabalhistas assumidos pela mantenedora, como pagamento de salários atrasados dos professores e funcionários administrativos.
A suspensão vale também para a admissão de novos alunos em seus cursos de graduação por meio de transferência ou qualquer outra forma de ingresso. O embargo afetará ainda os cursos de pós-graduação.
Segundo o despacho, a proibição é válida até a Galileo cumprir o acordado.
Os estudantes da Gama Filho aguardam ainda que o MEC entregue o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) à universidade, cuja penalidade é o seu descredenciamento pelo ministério. Os alunos, por sua vez, reivindicaram que o documento inclua o afastamento da mantenedora, caso ela não cumpra a sua parte.
O presidente da Comissão de Educação, o deputado federal Gabriel Chalita, marcou uma reunião com os estudantes de medicina da Gama Filho, no dia 8 de agosto, às 15h, no campus Piedade.