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Médicos do Rio protestam por reajustes de honorários

12/07/2013

Médicos protestaram nesta quinta-feira, 11, contra a atitude dos planos de saúde de não negociarem um reajuste de honorários para a categoria. Durante o ato público promovido pelo CREMERJ, em frente à FenaSaúde, no Centro do Rio, a presidente do Conselho, Márcia Rosa de Araujo, reforçou que está mantida a suspensão dos atendimentos por guias dos planos Bradesco Saúde, Geap e Porto Seguro, por não negociar ou, simplesmente, por apresentar propostas aquém ao que reivindica a categoria. 

“Os planos de saúde se justificam dizendo que aguardam a divulgação do índice de reajuste da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Porém, são situações completamente distintas. Em reunião com o diretor-presidente da ANS, André Longo, ele mesmo disse que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Todo ano, os planos reajustam o consumidor, mas o médico não tem uma garantia de aumento anual”, explicou Márcia Rosa. 

Para este ano, a categoria reivindica: consulta com valor mínimo de R$ 70,00; 5ª edição da CBHPM plena para todas as operadoras e equiparação dos valores dos procedimentos médicos realizados em enfermarias aos dos quartos. 

No ato público, os médicos também criticaram a Medida Provisória 621/2013, que cria o “Programa Mais Médicos para o Brasil”, que prioriza a importação de médicos para o interior do país sem a revalidação do diploma e que obriga os estudantes de medicina, a partir de 2015, a trabalhar por dois anos no SUS como requisito fundamental para obter o diploma.

Na ocasião, Márcia Rosa convidou os colegas para participarem do Dia Nacional de Protesto contra a MP 621/2013, em 16 de julho (terça-feira), quando serão realizadas mobilizações em todo o país. No Rio de Janeiro, o CREMERJ, com o apoio de outras entidades médicas, promoverá uma manifestação na Cinelândia, às 16h. Detalhes do ato público serão definidos em assembleia no dia 15 (segunda-feira) no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo. 

Em relação à Lei do Ato Médico, que foi sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff, Márcia Rosa disse que o diagnóstico de doenças por outras profissões, que não são preparadas para fazê-lo, trará riscos à saúde de toda a sociedade, podendo, inclusive, levar à perda da chance de tratamento e que o governo terá que se responsabilizar por esses equívocos. 

A pauta dos planos de saúde será retomada no dia 17 de junho na Assembleia de Convênios, na sede do CREMERJ.