Déficit de recursos humanos ainda afeta PAM de Irajá
12/06/2013
O Posto de Assistência Médica (PAM) de Irajá, que em 1997 foi municipalizado e se tornou o Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, recebeu a visita da diretoria do CREMERJ nesta terça-feira, 11. Na ocasião, constatou-se que o déficit de recursos humanos continua na unidade, afetando, principalmente, as áreas de pediatria, clínica médica, anestesiologia e ginecologia.
Na anestesiologia, os plantões são cobertos às segundas, terças e quartas-feiras. Nos outros dias, porém, não há anestesistas.
Outro problema é a superlotação da emergência. No setor, há pacientes internados em macas e até em poltronas. Já a UPG (Unidade de Pacientes Graves) possui cinco leitos, mas, ocasionalmente, esse número é superado. A ausência de um tomógrafo também dificulta o trabalho no setor, pois o exame precisa ser feito em outro hospital.
A situação da falta de recursos humanos tem se agravado porque muitos estatutários estão se aposentando. Os contratos temporários pela prefeitura, com baixos salários, não fixam os médicos na unidade. O caso mais crítico é o da pediatria, pois a maioria dos especialistas é federal, categoria que está ainda mais perto de se aposentar.
Os colegas também criticaram o Sistema de Regulação de Vagas (Sisreg), que envia para o hospital pacientes fora do perfil. Além disso, eles têm dificuldades de transferir pacientes graves para outras unidades, sobrecarregando a emergência.
Apesar dos problemas, colegas relataram que houve uma melhora no funcionamento da unidade, que está passando por reformas.
O CREMERJ visitou vários serviços, como clínica médica, centro cirúrgico, pediatria, ginecologia e emergência adulta e pediátrica. Conselheiros também se reuniram com a direção do hospital.