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Médicos do INC criticam propostas da Ebserh

16/05/2013

Em consequência da intenção do Ministério da Saúde (MS) de colocar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Ebserh, para gerir o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), a direção do corpo clínico compartilhou com médicos da unidade e representantes de entidades, entre elas o CREMERJ, as propostas da empresa, que foram severamente criticadas, durante reunião nesta quarta-feira, 15. 

De acordo com a apresentação, ao implementar a Ebserh, a escolha das chefias será feita de forma compatível com os critérios da empresa; o regime de contratação será celetista; haverá controle de horas trabalhadas; além de outras medidas. 

A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, que acompanhou a reunião, destacou que a criação da Ebserh é resultado de várias ações do MS para desvalorizar a categoria médica. 

“A gratificação dos médicos federais está congelada e sem previsão de resolução; os nossos salários são os mais baixos de todos os profissionais de saúde com ensino superior; o sucateamento dos hospitais aumenta a cada dia; faltam recursos humanos; e, agora, querem colocar uma empresa para gerenciar a saúde pública do Brasil. Ao invés disso, eles poderiam realizar concurso público e oferecer para os médicos um salário digno”, afirmou.

Márcia Rosa também motivou os colegas a participarem da mobilização que os médicos federais estão organizando em defesa da saúde. No dia 3 de junho, haverá uma assembleia no Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) para falar sobre detalhes do ato.

Compareceram ainda ao encontro, que reuniu cerca de 100 pessoas, o conselheiro Gilberto dos Passos e o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), Jorge Darze. Todos repudiaram a ideia da implantação da Ebserh.

Segundo a direção do corpo clínico do INC, na semana passada, um grupo de representantes do MS, que visitou o hospital, apresentou as propostas da Ebserh e afirmou que o INC, o Into e os seis hospitais federais localizados no Rio de Janeiro serão administrados pela empresa pública de natureza privada.