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Médicos protestam em defesa da saúde pública

29/04/2013

Mais de cem médicos protestaram nesta segunda-feira, 29, contra a desvalorização da categoria médica e em defesa da saúde pública, no Centro do Rio. Durante o ato, organizado pelo CREMERJ, Sociedade Médica do Rio de Janeiro (Somerj), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), os participantes também chamaram a atenção para a situação crítica dos hospitais federais – do Andaraí, da Lagoa, de Ipanema, dos Servidores, de Bonsucesso e Cardoso Fontes. Representantes das seis unidades compareceram à manifestação. 

A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, destacou a falta de compromisso do Ministério da Saúde em relação à gratificação dos médicos federais, que ainda não foi corrigida. 

“Os médicos federais têm a menor gratificação dos profissionais de ensino superior. Além disso, foi feito um acordo que até hoje não foi cumprido. Já falamos com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mas ele não fez nada. As entidades médicas nacionais também se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, que afirmou que a situação da nossa categoria precisava ser resolvida, mas até agora não tivemos um posicionamento”, declarou.

Apoiando o movimento, a população se disse a favor do abaixo-assinado, divulgado pelas entidades médicas de todo o país, para ampliar os investimentos na saúde – 10% dos recursos brutos da União ao segmento. O objetivo é coletar 1,5 milhão de assinaturas para a criação de um projeto de lei de iniciativa popular. Até o momento, há mais de 1,2 milhão.

Os médicos reivindicaram ainda concursos públicos com salários dignos, plano de carreira, intervenção do Ministério da Educação na Universidade Gama Filho, qualidade da residência médica e valorização da preceptoria. A categoria também protestou contra a falência da saúde pública e sua privatização e, para isso, encenou o enterro do ministro da Saúde.

 “Não é dos médicos a responsabilidade da falência da saúde pública, mas do governo federal e do Ministério da Saúde. Temos visto o fechamento de hospitais, a desativação de serviços e a falta de recursos humanos, porém não há a solução do problema. Não se faz concurso público, portanto não se tem reposição imediata. Estamos fazendo a nossa parte, porque estamos cansados de ser desvalorizados, de estar sobrecarregados e de ver a população cada vez mais desassistida”, afirmou Márcia Rosa.

Na sequência, os médicos caminharam até o Ministério da Saúde, na Rua México. Também participaram do ato público os conselheiros Sergio Albieri, Luís Fernando Moraes, Erika Reis, Nelson Nahon, Pablo Vazquez e Sidnei Ferreira; o vereador Paulo Pinheiro e representantes de várias entidades médicas e sociais.