Médicos organizam ato público no Rio de Janeiro
16/04/2013
Os médicos organizam mais uma mobilização, motivada pela situação caótica nos hospitais federais. Durante a assembleia que aconteceu nessa segunda-feira, 15, no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, ficou decidido que, no dia 29 de abril, os médicos do Rio de Janeiro irão às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, salários dignos, realização de concurso público e financiamento da saúde. O evento, que está sendo promovido pelo CREMERJ, Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), pretende conscientizar a população e chamar a atenção do governo federal às necessidades da classe.
\"O Rio abriga o maior número de hospitais federais, por isso é fundamental que se mobilize. Recentemente, numa reunião com a presidente Dilma Rousseff, ela disse que nossas solicitações seriam avaliadas, mas até o momento não tivemos resposta do Ministério da Saúde, nem do Planejamento. Queremos contar com o apoio dos nossos colegas para mostrar à sociedade o quanto a nossa profissão tem sido desvalorizada e como isso tem afetado os atendimentos\", afirmou a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.
O conselheiro Pablo Vazquez frisou que, com a sanção da Medida Provisória 568/2012, todas as categorias profissionais tiveram reajuste nas gratificações superior ao dos médicos. \"O relator da MP, senador Eduardo Braga, prometeu-nos uma mesa de negociação nacional para discutir nosso reajuste, com a participação das entidades médicas, mas até agora não tivemos nenhum retorno do governo.\"
Médicos e representantes das entidades presentes concordaram em unanimidade com a realização do ato público e planejam promover outros ainda este ano. Geraldo Ferreira Filho, que preside a Fenam, acredita que os médicos continuarão sem resposta se não pressionarem as autoridades.
\"Visitamos alguns hospitais federais no Rio e o caso é realmente grave, assim como acontece em outras unidades em todo país. Para ter o reajuste que nos é devido, temos que pressionar. Tivemos uma resposta positiva da presidente Dilma, mas não depende só dela, então temos que cobrar\", frisou Geraldo.
Durante a reunião, que contou com a presença dos conselheiros Sidnei Ferreira, Luís Fernando Moraes, Vera Fonseca, Nelson Nahon e Gilberto dos Passos, falou-se também sobre os resultados positivos da manifestação na Praia de Copacabana no Dia Mundial da Saúde e das mobilizações que aconteceram em Brasília nos dias 2 e 10 de abril.
\"Esses eventos têm fortalecido a nossa categoria, por isso devemos continuar. Na audiência do dia 2, por exemplo, recebemos o apoio de mais de 50 parlamentares. Os médicos aderiram ao ato público e o auditório Petrônio Portela ficou lotado. Isso mostra o impacto da nossa classe e a importância da participação de todos\", concluiu Sidnei Ferreira.