CREMERJ se reúne com médicos do Hospital de Bonsucesso
18/10/2012
Os médicos do Hospital Federal de Bonsucesso expuseram em assembleia com o CREMERJ nessa quinta-feira, 18, a angústia que estão passando por serem expostos a condições insalubres na emergência. Há um ano e oito meses os médicos têm trabalhado em circunstâncias inadequadas em contêineres. As obras da emergência, que deveriam ser finalizadas em quatro meses, estão paradas. A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, esclareceu que o Conselho cobrou das autoridades soluções para a situação. “Queremos condições dignas para o médico e para o paciente”, disse Márcia Rosa.
O conselheiro Armindo Fernando da Costa, também médico do HGB, destacou que o corpo clínico é formado por “médicos de luta, de perseverança, e que têm amor pelo hospital. Queremos uma emergência de qualidade que possa suprir as necessidades da população. Essa situação tem de ser resolvida para que tenhamos um hospital com a melhor qualidade possível”. O conselheiro Pablo Vazquez completou: “o que vemos hoje na cidade é uma competência em elevar a condição econômica e capacidade de trazer eventos de grande porte. E mesmo assim, continuamos deixando de ver investimento na saúde. Nós não podemos ficar passivos com isso, temos que nos manifestar contra esse disparate”.
Na próxima segunda-feira, 22, haverá reunião do Conselho na Secretaria Estadual de Saúde com a comissão de ética médica do Hospital de Bonsucesso e com a Subsecretaria de Atenção à Saúde, o Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj) e a Secretaria Municipal de Saúde.
Após a fiscalização no último dia 10, o CREMERJ deu prazo de dez dias para que o Hospital Federal de Bonsucesso desativasse o atendimento da emergência em contêiner. Foi constatada superlotação e falta de estrutura.