Médicos paralisam atendimento a três planos de saúde
11/10/2012
Em assembleia organizada pelo CREMERJ nessa quarta-feira, 10, os médicos decidiram pela suspensão por duas semanas, a partir de segunda-feira, 15 de outubro, do atendimento por guias dos planos de saúde CAC, Fiosaúde e Geap. Essas empresas não apresentaram propostas que contemplam as exigências do movimento de convênios, entre elas o valor mínimo de R$ 60 para consultas e CH 0,50. A orientação do Conselho é para que os médicos cobrem R$ 60 a consulta, durante o período da paralisação, fornecendo recibo para que os pacientes sejam reembolsados por suas operadoras.
Os médicos também decidiram durante o encontro, solicitar que a Bradesco Saúde terá 15 dias, também a partir da próxima segunda-feira, para apresentar nova proposta com valores adequados para procedimentos e esclarecimentos da tabela. Caso a empresa não entregue, haverá um novo encontro com as entidades médicas para discutir a paralisação de atendimento ao plano. Neste mês, os 27 Conselhos do país fazem protesto contra os abusos praticados pelas operadoras.
Durante a reunião, a categoria demonstrou insatisfação com as tabelas e reivindicou a utilização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) plena 5ª edição para todas as operadoras e a implementação de uma tabela única no próximo ano. “No Rio de Janeiro, a luta por remuneração digna dos médicos que atuam as saúde suplementar não é de hoje. As reivindicações continuam avançando, pois já é uma tradição negociações anuais com as operadoras e consequentes reajustes. O Conselho continuará aberto para diálogos com os planos, articulando metas para a real valorização do médico”, afirmou a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.