Clipping - Dificuldade de movimento tem tratamento
Extra / Bem Viver
18/03/2019
Especialistas explicam diferença entre espasticidade e rigidez e apontam soluções
Embora afetem os músculos e consequentemente a capacidade
de movimentação, a espasticidade e a rigidez são problemas diferentes mas muito
confundidos pela população em geral. A espasticidade é um sintoma causado por
uma lesão no neurônio motor, podendo ser causada por vários motivos: AVC
(acidente vascular cerebral), traumatismo craniano ou medular, esclerose
múltipla em adultos, e paralisia cerebral em crianças. Já a rigidez é um dos
sintomas da doença de Parkinson, em que células cerebrais que controlam os
movimentos são mortas.
— Na rigidez, um segmento corporal está limitado na sua
movimentação, geralmente mostrando uma alteração da postura e com déficit para
desempenhar uma atividade como, por exemplo, uma rigidez do membro superior,
dificultando alcançar e segurar objetos — explica Lucia Mercuri, médica
fisiatra da Universidade Federal de São Paulo.
Ambos os problemas costumam afetar grandemente a qualidade
de vida dos pacientes, que muitas vezes passam a precisar de alguns cuidados
específicos.
— A espasticidade, dependendo de sua gravidade, pode trazer
complicações como dor, deformidade, fratura, clônus, dificuldade para a
realização de movimentos, impactando na funcionalidade e na independência do
paciente, que pode precisar de auxílio para higiene, para se vestir, entre
outros. A rigidez, em conjunto com os outros sintomas do Parkinson, impacta na
agilidade do paciente, assim como no seu equilíbrio, trazendo redução da
qualidade de vida — diz Ligia Cattai, médica fisiatra e responsável pelo
Ambulatório de Espasticidade da Universidade Estadual do Paraná.