Clipping - Rio tem primeiro hospital público a operar com robô
O Dia / Rio de Janeiro
15/02/2019
Novos equipamentos do Pedro Ernesto vão agilizar atendimento em cirurgias de alta complexidade
Com investimento de R$ 16 milhões, o Hospital Universitário
Pedro Ernesto (Hupe), da Uerj, inaugurou ontem, o Programa de Cirurgia
Robótica. A unidade é a primeira pública do país a realizar operações de alta
complexidade com essa tecnologia. Os novos equipamentos prometem agilizar os
atendimentos, pois vai garantir maior fluxo de leitos por conta da rapidez nos
procedimentos. O robô modelo Da Vinci XI será utilizado nas áreas de urologia,
cirurgia geral, torácica e ginecológica. O equipamento está em fase de
implantação na unidade e ainda não tem data para começar a operar. A dinâmica
da operação é simples. Durante o pro- cedimento, o robô, contro- lado pelo
médico, garante a precisão, e os monitores acoplados ao sistema pos- sibilitam a
visão da cirurgia por toda a equipe médica — o que permite a participação do
cirurgião-auxiliar no procedimento.
DUAS CIRURGIAS POR DIA
De acordo com o chefe da área de urologia do hospital e
coordenador do projeto, Ronaldo Damião, o robô terá capacidade de fazer duas
ope- rações por dia. “A cirurgia em si é rápida, mas a colocação e preparação
do paciente, assim como a esterilização do material, são ações demoradas”,
destacou Damião.
O Albert Eisntein, em São Paulo, tem três robôs seme-
lhantes ao do Pedro Segundo e faz quatro cirurgias, no má- ximo, por dia. No
Rio, o Copa Star e Samaritano também possui o equipamento e faz duas cirurgias
diariamente. “O robô traz para o hospital, tecnologia, aumento do movimento
cirúrgico e cirurgia de alta complexidade, que é o papel principal do hospital
den- tro da rede de saúde”, apontou o diretor Carlos Virgini. “Mais atendimento
em um procedi- mento melhor e mais moderno”, completou o secretário de Saúde e
ex-diretor do HUPE, Edmar Santos.
Para o reitor da Uerj, Ruy Garcia, a aquisição do robô
marca a retomada da universidade. “É uma grande ale- gria ver a retomada da
inovação tecnológica, sobretudo depois da grave crise por que passamos em 2016
e 2017”.