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Clipping - A terapia que cuida das dores do coração

O Globo /

08/12/2018


Psicóloga é especialista em relacionamentos

De términos traumáticos a recomeços encantadores, histórias envolvendo relacionamentos amorosos são contadas diariamente no escritório de Renata de Azevedo. Psicóloga, coach e especialista em terapia de casal, ela é um ponto de apoio e compreensão para casais em descompasso, muitos à beira do fim, e novos solteiros incertos sobre como lidar com a condição. —A principal queixa é a convivência. São dificuldades de conversar, problemas na comunicação, falta de paciência... Outras reclamações, como traição e afastamento, vêm à tona por causa disso. Mas muitos só buscam ajuda quando estão no fundo do poço ou em vias de se separar, quase sem esperança de salvar o relacionamento — explica Renata, que atende no Flamengo, em São Cristóvão (onde mantém uma equipe que a auxilia no atendimento) e na Barra.
Entre seus 30 clientes fixos está o cantor Latino, que a procurou após o fim do noivado com a personal trainer Jéssica Rodrigues. Em outubro, o cantor elogiou a profissional em seu Instagram. “Não tem pessoa melhor no mundo para conversar do que ela. Ela sabe mais da minha vida do que eu”, diz no vídeo.
— Para mim não faz diferença. Lido com o Latino da mesma forma com que qualquer outro que me procura. Não faço distinção. Em todos os casos, a regra número um é o sigilo. Só posso dizer que é meu cliente —reforça ela.
Embora sempre tenha se interessado pelo tema, Renata lembra que as crises experimentadas em suas relações a fizeram compreendê-lo como campo de trabalho. Tomou a iniciativa de buscar ajuda na terapia e percebeu que “não estava fadada a fracassar”, conclusão compartilhada por clientes
durante o processo.
—Às vezes eles esperam que eu tome a decisão, mas não é assim que funciona. Não trabalho com conselho nem julgamento. A minha função é ajudar a pessoa a entender o que ela quer da vida e a ter consciência da decisão —diz Renata, cuja maioria dos clientes é de mulheres. —Acho que a questão é cultural. O homem tende a achar que resolve tudo sozinho. Normalmente, busca ajuda só depois do fim. Experiente, ela dá a dica de ouro para evitar o desgaste nas relações:
— É cada um olhar para si. Em vez de ficar cobrando que o outro mude, você deve verificar o que pode melhorar e pensar sobre qual a sua responsabilidade no problema. É preciso se comprometer com a mudança.