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Estudo mostra redução de casos de esquistossomose e geo-helmintoses no Brasil

02/05/2018

Os resultados do Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose Mansoni e Geo-Helmintoses, estudo realizado pela Fiocruz Minas sob coordenação do pesquisador Naftale Katz, mostram uma redução no número de casos dessas doenças em todo o país. A taxa de positividade para a esquistossomose caiu para 1%, uma queda significativa se comparada às investigações anteriores, que registraram taxa de 10%, em 1953, e 6,9%, em 1977.

Em relação às geo-helmintoses, em todas as localidades investigadas, a diminuição no número de pessoas infectadas é ainda maior. No Maranhão, por exemplo, a proporção dos escolares positivos para geo-helmintos era de 99,4%, em 1953, e, atualmente, encontra-se em torno de 20%. Já em Minas Gerais, cuja taxa era de 89,4%, neste último inquérito foi de 1,4% para Ascaris, 0,9% para ancilostomídeos e, 0,60% para Trichuris.

Para fazer a pesquisa, foram examinados 197.564 estudantes residentes em 521 municípios, distribuídos pelas 27 unidades de Federação e no Distrito Federal, entre os anos de 2010 e 2015.Trata-se de estudo de corte transversal, de base populacional, com o objetivo de conhecer a situação atual da esquistossomose, da tricuríase, da ancilostomíase e da ascaridíase, em escolares de 7 a 17 anos, de ambos os sexos

Para os autores do inquérito, a redução das taxas de positividade das parasitoses pode ser atribuída à urbanização e ao saneamento, isto é, o abastecimento de água domiciliar e esgoto que teve um crescimento expressivo nesse período. Segundo os pesquisadores, também é preciso levar em consideração os milhões de tratamentos específicos, que vem sendo realizados há décadas no Brasil, com medicamentos de baixa toxicidade, que produzem poucos efeitos colaterais. Entretanto, eles ressaltam que tais melhorias, especialmente no que se refere ao esgotamento sanitário, vêm ocorrendo em um ritmo lento, o que reforça a preocupação com os efeitos de mudanças tanto nas políticas de saneamento, como nas políticas sociais voltadas à eliminação das condições de pobreza, todas com forte impacto nos índices de prevalência das doenças objeto do inquérito.

Fonte: Fiocruz Minas