Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Na Mídia - Mais Médicos: 30% ainda não se apresentaram

O Globo /

18/12/2018


Prazo para selecionados começarem a trabalhar acaba hoje. Inscrição em novo edital já terminou

O Ministério da Saúde informou que, até ontem, 5.935 (cerca de 70,5%) dos 8.411 profissionais inscritos na primeira fase de seleção do programa Mais Médicos já haviam comparecido aos municípios onde devem trabalhar. Os 2.476 médicos restantes, que equivalem a 30% dos selecionados, têm até hoje para se apresentarem às prefeituras.
Das 8.517 vagas oferecidas no primeiro edital, 106 não foram preenchidas. Cerca de dez mil (10.205) médicos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior completaram a inscrição de participação no Mais Médicos.
Até agora, foram selecionados profissionais com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), ou seja, formados no Brasil ou que tiveram seu diploma revalidado. Para ocupar as vagas ainda ociosas, o Ministério da Saúde lançou outro edital para que médicos formados no exterior pudessem se inscrever, sejam eles brasileiros ou não, sem precisar passar pelo exame de revalidação do diploma. O prazo terminou no domingo.
O balanço do Ministério da Saúde não mostra alguns problemas que estão sendo revelados pelos gestores municipais. Segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) divulgado no fim do mês passado, 2.844 médicos aceitos no programa estavam deixando postos em equipes do programa Estratégia Saúde da Família.
Na ocasião, o presidente do Conasems, Mauro Junqueira, estimou que, considerando outras áreas, como UPAs e hospitais, mais de 50% das vagas dos programa foram preenchidas com profissionais que já atendem pelo SUS. Assim, estão apenas trocando seus postos de trabalho por outros, em busca de salários e condições mais vantajosas.
Outro problema são as desistências. Em encontro dos secretários municipais com representantes do Ministério da Saúde, o secretário de Saúde de Cametá (PA), Charles Tocantins, contou, por exemplo, que três médicos que se apresentaram acabaram desistindo após perceberem que era preciso percorrer 200 km de estrada de terra ou horas de barco da capital do estado até o local.