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Na Mídia - Covardia sem tamanho

O Dia /

08/12/2018


Funcionários do Hospital de Acari são demitidos sem receber

Mais de mil profissionais do Hospital Municipal Ronaldo Gazzola, em Acari, na Zona Norte, entre eles ao menos três grávidas, foram demitidos ontem. O motivo foi a troca da Organização Social (OS) que administra a unidade. A Viva Rio, que estava lá desde 2016, dá lugar à Empresa Pública de Saúde (RioSaúde), que entra hoje. 
O hospital tem 290 leitos, mas só seis estão ocupados. Em média, são feitas 1.200 atendimentos e 900 internações por mês. Ontem, pessoas voltaram para casa sem consulta. "Minha médica foi demitida. O que vou fazer?", reclamou uma paciente.
Os profissionais demitidos não sabem quando receberão os salários de novembro e de dezembro, e a primeira parcela do 13º, que estão atrasados, além dos encargos trabalhistas. "Trabalhamos mesmo com os salários atrasados, lidando com a falta de insumos e medicamentos. O hospital sempre foi subutilizado, tinha capacidade para 1.600 consultas ambulatoriais por mês. Era referência para as grávidas", lamentou a fisioterapeuta Suzane Seiça.
O diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro Alexandre Telles também foi demitido. "Fomos chamados para assinar a rescisão, mas não se falou sobre o pagamento. A OS não deposita o FGTS desde setembro. Tem dívida com o INSS de mais de R$ 800 mil. São pessoas que trabalharam nas piores condições. O tomógrafo não funciona, por exemplo", diz.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que as pendências são de responsabilidade da OS. A Viva Rio foi procurada, mas não se pronunciou.
Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, Sylvio Provenzano disse: "O Cremerj vê com apreensão essa situação. A substituição pode ser positiva, o Viva Rio não cumpria com suas obrigações", disse.