Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Na Mídia - Após suspensão de concurso, hospital da Uerj promete mudar

O Globo / Rio

09/01/2018


Impedido de ter novos residentes, Pedro Ernesto anuncia melhorias

Após uma comissão ligada ao governo federal obrigar a Uerj a suspender um concurso para residência médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto por atrasos nos pagamentos de bolsas, entre outros problemas, o secretário estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social, Gabriell Neves, informou ontem que foram repassados R$ 2 milhões à instituição para quitação do mês de novembro. Além disso, a direção da unidade anunciou a retomada das internações, interrompidas em dezembro.

As duas medidas foram divulgadas depois de o Conselho Regional de Medicina e a Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio terem alertado que a suspensão do concurso, marcado para o próximo dia 13, pode impactar o atendimento à população. O alerta se estende a pacientes do Clementino Fraga Filho, da UFRJ, que também teve seu programa de residência colocado “sob diligência” — uma seleção para 180 vagas no hospital já foi realizada, mas o início das atividades dos aprovados dependerá de uma vistoria na unidade.

 SÉRIE DE PROBLEMAS

O concurso para o Pedro Ernesto preencheria 227 vagas e estava marcado para o próximo dia 13. No entanto, a Comissão Nacional de Residência Médica, que atua junto ao Ministério da Educação (MEC), determinou seu cancelamento porque verificou, no ano passado, condições inadequadas de ensino no hospital. Atrasos nos pagamentos aos 420 bolsistas da unidade, falta de insumos, diminuição do número de leitos e de procedimentos cirúrgicos, e também redução do corpo clínico e de enfermagem levaram à decisão. A Uerj, assim como a UFRJ, que enfrenta problemas semelhantes no Clementino Fraga Filho, já apresentaram recursos.

Diretor do Pedro Ernesto, Edmar Santos disse ontem que “a decisão da Comissão Nacional de Residência Médica foi equivocada”, e deverá ser revertida com a análise de um relatório enviado pela Uerj. A universidade está tão confiante numa mudança do quadro que já remarcou o concurso de residentes para 3 de novembro.

— Em dezembro, fizemos várias aquisições para renovação e ampliação do parque tecnológico do hospital, incluindo novos aparelhos de tomografia computadorizada, angiografia, ressonância magnética e ecocardiografia, endoscópios, colonoscópios, ventiladores mecânicos e mesas cirúrgicas, entre outros — afirmou Santos, acrescentando “que 2018 será um ano de retomada”.

Ainda de acordo com o diretor do Pedro Ernesto, “o objetivo ter, é até março, o hospital operando com 350 leitos”. Hoje, são 180 em uso. A unidade já chegou a oferecer 512.

Também ontem, a Defensoria Pública da União informou que enviará um ofício à Comissão Nacional de Residência Médica pedindo esclarecimentos à Uerj e à UFRJ.

— Queremos saber dos responsáveis pelo Clementino Fraga Filho e pelo Pedro Ernesto que providências serão adotadas. Eles terão um prazo de dez dias para responder — disse o defensor público federal Daniel Macedo.

O Ministério da Educação esclareceu que a decisão de suspender o ingresso de novos residentes nos hospitais foi tomada pela Comissão Nacional de Residência Médica, um colegiado formado por