Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Na Mídia - Enquanto a cirurgia não vem

Extra / Cidade

07/12/2017


Paciente com aneurisma abdominal teme ruptura por demora da operação

O taxista Jairo Castanheira, de 63 anos, não pode carregar peso nem fazer esforço. Também passou a controlar como nunca a alimentação e os medicamentos. O medo é que um aneurisma abdominal se rompa — a chance de sobreviver nesse cenário é de 10%. Os exames de risco cirúrgico para a operação no Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, estão prontos desde o mês passado, mas a cirurgia não sai. O médico informou que um aparelho está quebrado. A Secretaria municipal de Saúde nega.

Em Acari, é o Hospital municipal Ronaldo Gazolla, que corre risco de fechar por falta de condições de trabalho, segundo o Conselho Regional de Medicina do Rio.

— Depois que eu terminei o risco cirúrgico, me falaram que a máquina necessária, o Arco C, está quebrada e que não tem previsão de conserto. Então, estou esperando. Todo dia ligo para lá e dizem a mesma coisa — afirmou Jairo.

Segundo a Secretaria de Saúde, o hospital tem três aparelhos do tipo e todos estão funcionando. Jairo, segundo a secretaria, tem indicação médica para cirurgia eletiva, “procedimento que é realizado na rotina e pode ser adiado em virtude da entrada de casos emergenciais e de risco”. “O procedimento eletivo será realizado tão logo haja disponibilidade de vaga”, afirmou.

Médicos ouvidos pelo EXTRA afirmam que aneurisma abdominal, como o de Jairo, deve ser operado com urgência. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, a orientação para uma cirurgia de urgência ou eletiva depende de mais fatores, além do tamanho do aneurisma. Ainda segundo a sociedade, o risco de ruptura de um aneurisma do tamanho do de Jairo varia entre 20% e 40%. “Não existe consenso sobre o momento em que se deva realizar a cirurgia, mas as evidências apontam para uma indicação de tratamento o mais breve possível”.