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Na Mídia - Médica atestou óbito, diz secretaria

O Globo / Rio

19/10/2017


Estado nega omissão de socorro a homens levados por PMs para UPA em Cabuçu

A Secretaria estadual de Saúde repudiou, ontem, a atitude de um policial militar que deu voz de prisão a uma médica que estava de plantão na UPA Cabuçu, em Nova Iguaçu, na madrugada de terça-feira. Uma equipe do 20º BPM (Mesquita) tinha ido à unidade em busca de atendimento para três suspeitos baleados durante uma operação na comunidade Grão Pará. Em nota, a secretaria disse que “não houve omissão de socorro no episódio”, conforme informado anteontem pela Polícia Militar, e, segundo o relato da profissional de saúde, “os três óbitos já tinham sido constatados, sendo que um dos pacientes chegou a ser acolhido e levado para a sala vermelha da unidade”. Ainda de acordo com a médica, os mortos seriam encaminhados ao necrotério da UPA, após confirmação de que havia capacidade para receber os corpos no local.

De acordo com a secretaria, “a profissional não poderia sofrer qualquer tipo de agressão por parte dos PMs”. Em nota divulgada na noite de terçafeira, a assessoria da Polícia Militar havia informado que os agentes tinham ido à UPA em busca de atendimento para os suspeitos baleados, mas a médica teria recusado o recebimento, sugerindo que os pacientes fossem levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. Ainda de acordo com a corporação, ela teria chamado um dos policiais envolvidos na ação de “animal”. O PM, que chegou a dar voz de prisão para a profissional, negou que tenha havido agressão.


Segundo a nota da secretaria, a confusão na UPA começou após os policiais terem recolhido o cadáver da sala vermelha e decidido levar os baleados para outra unidade de saúde, mesmo depois de a médica ter comunicado aos PMs que eles seriam acolhidos na UPA e encaminhados ao IML, seguindo os trâmites legais. No comunicado, a secretaria “ressalta a importância da integração entre os profissionais da Saúde e da Segurança Pública, já que estão expostos no seu dia a dia ao estresse comum a ambas as profissões”.

CREMERJ ABRIRÁ SINDICÂNCIA

Procurada para comentar a nota da Secretaria de Saúde, a assessoria da Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação, por meio da 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (3ªDPJM), está acompanhando o caso e se pronunciará após apuração dos fatos.

Ontem, Conselho Regional de Medicina (Cremerj) informou que abrirá sindicância para apurar a denúncia da médica que recebeu voz de prisão durante a discussão na UPA. Em nota, a entidade chamou de “descabida” a agressão sofrida pela profissional.