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Na Mídia - Hospital de Ipanema está prestes a perder 12 leitos

O Dia /

10/10/2017


Unidade federal também deixará de oferecer uma sala do centro cirúrgico

Por falta de enfermeiros e técnicos de enfermagem, a direção do Hospital de Ipanema determinou o fechamento de 12 leitos da unidade federal. Também ficou definida a redução de uma sala do centro cirúrgico, por dia. A diminuição no atendimento médico da unidade acontece em meio às reações contrárias à redução dos serviços médicos federais no sistema de saúde pública do estado. Ontem, o juiz federal Firly Nascimento Filho concedeu 72 horas para a União se posicionar em relação à ação civil pública que pede a renovação imediata de contratos em hospitais federais no Rio de Janeiro.

No dia 18 de agosto, o Cremerj e o Conselho Regional de Enfermagem entraram com ação civil pública contra o Ministério da Saúde para garantir a continuidade dos contratos da União de forma emergencial. Segundo o presidente da Federação Nacionaldos Médicos,Jorge Darze, desde a década de 80 não é realizado concurso público para repor as perdas de profissionais de saúde dos hospitais federais. “O Governo Federal vem suprindo o déficit com mão de obra temporária.Mas, os contratos em vigor estão vencendo e o governo não renova”,reclama Darze.Ele afirma ainda que a falta de pessoal compromete todos os serviços.

No comunicado sobre o fechamento de leitos e da sala de cirurgia, a direção do Hospital de Ipanema alega que “a medida tem como objetivo a manutenção da qualidade do atendimento aos usuários”.Porém, para o médico Alfredo Guarischi, membro da CâmaraTécnica de Segurança dos Pacientes do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) e do Conselho Federal de Medicina, oefeito é justamente o contrário.

“Fico extremamente preocupado, já que o dano à segurança do paciente pode ter consequências graves”,ressalta Guarischi, lembrando que o HospitaldeIpanema já foi amaior escola de cirurgia do Rio.“Foi o primeiro a fazer cirurgia de obesidade e de úlcera. Com a falta de contratação de profissionais de saúde, o hospital realmente fica improdutivo,mas porque falta gente para trabalhar.Tem que contratar” , afirma o médico.

O presidente do Cremerj, Nelson Nahon, disse que mais de 600 contratos terminam em 2017 e ameaçam o fechamento de serviços nos hospitais da rede federal na capital. “Se você fecha serviços de tratamento de queimados, de cardiologia e bancos de sangue,você diminui oatendimento. A gente diz que tem gente morrendo hoje por falta de atenção médica a situação tende a aumentar ainda mais. É uma situação que a gente está chamando de catastrófica”.

Em nota, o Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde informou que acompanha todos esses contratos para definir a melhor estratégia de qualificação e reposição da força de trabalho nas unidades.