Na Mídia - Funcionários do Hospital do Fundão fazem manifestação contra aumento da violência
G1 /
20/09/2017
Frequentes casos de assaltos e sequestros no
entorno da cidade universitária amedrontam toda a comunidade acadêmica. Há
relatos até mesmo de arrastão no campus.
Funcionários do Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), realizam na manhã desta
quarta-feira (20) uma manifestação em frente à unidade de saúde contra os casos
de violência que têm ocorrido na Ilha do Fundão.
A estudante Gabriela Levy, de 20 anos, diz que a insegurança no campus
atrapalha diretamente os estudos.
"A gente acabou de começar a estudar e já está lidando com isso.
Estamos chegando num ambiente que não é bem recebido, sabe? A gente tá afim de
trabalhar aqui, estudar aqui, mas ao mesmo tempo, não conseguimos porque vir
para faculdade é um perigo, ficar aqui é um perigo, não dá para andar até ali
porque tem medo de acontecer alguma coisa. A faculdade é para ser um lugar que
a gente se sinta bem, que se sinta livre para estudar, para ser o que a gente
quiser, e não está acontecendo isso.", contou Gabriela.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Nelson
Nahom, também participou da manifestação.
"Não adianta também amanhã colocar dois, três carros de polícia
aqui e em uma semana voltar a ficar vazio. É necessário que a Secretaria
Estadual de Saúde e a reitoria promovam imediatamente ações para garantir a
segurança da população aqui.", destacou o presidente do Cremerj, que
também pretende procurar autoridades da área de segurança.
Rotina de insegurança
O clima de insegurança ronda a cidade universitária.
Alunos, professores e funcionários são vítimas de frequentes casos de assalto.
Em julho, por exemplo, uma pessoa flagrou com o celular o momento em que um médico foi
rendido por cinco homens armados durante um sequestro
relâmpago.
Meses antes, em março, um grupo de quatro alunas da UFRJ também havia sido alvo de
sequestro no Fundão. Sob a mira dos criminosos, as alunas
percorreram vários bairros da Zona Norte e foram obrigadas a fazer saques em
caixas eletrônicos, além de compras em estabelecimentos comerciais. A família
de uma das jovens acionou a polícia quando o pai percebeu uma movimentação
bancária estranha no cartão de crédito da filha, que tinha conta conjunta com a
sua.
“Acontecem
arrastões e assaltos dentro dos ônibus e quando a pessoa desce no ponto não tem
nada a fazer sobre isso”, disse uma estudante da UFRJ à época em que
o grupo de estudantes foi sequestrado.
A UFRJ tem mais de cinco mil quilômetros quadrados, é o mesmo que juntar os bairros de Ipanema e Leblon, na Zona Sul. São mais de 40 mil alunos que circulam pelo campus do Fundão, diariamente.