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Na Mídia - Hospital federal vai ficar sem cirurgia vascular

Extra /

24/06/2017


Mais um triste capítulo na crise que afeta a rede do Ministério da Saúde no Rio. De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), o serviço de cirurgia vascular do Hospital Federal de Ipanema será fechado. O encerramento das atividades foi comunicado ao chefe do serviço, Felipe Murad, pelos diretores do hospital.

Segundo o conselho o Ministério da Saúde não informou ao chefe do serviço quando nem como o setor de cirurgia vascular será fechado. Os médicos e os pacientes também não sabem para onde serão direcionados.

O serviço conta com seis médicos, sendo dois estatutários e quatro temporários. A equipe faz 25 cirurgias ao mês e mais de 150 consultas.

— Poderíamos ter números bem maiores se tivéssemos melhor estrutura, porque enfrentamos condições adversas, com poucos recursos humanos, falta de materiais, de medicamentos e de estrutura há meses — afirmou um médico do setor.

O Ipanema atende um grande número de pacientes com varizes utilizando o sistema de espuma de polidocanol, medicamento que tem sido, há três meses, comprado pelos médicos para não deixar os doentes sem assistência.

— O ministro justifica a relação custo-benefício sem pensar que se trata da vida das pessoas — disse o presidente do Cremerj, Nelson Nahon.

O Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio informou que “as unidades federais passam por processo de otimização com o objetivo de qualificar os serviços, dentro de uma rede unificada, para tornar mais eficiente o atendimento”.


Emergência fechou com aval da direção


No último fim de semana, a emergência do Hospital federal de Bonsucesso (HFB) funcionou com atendimento restrito a casos extremamente graves. De acordo com o ex-chefe do serviço, Júlio Noronha, exonerado do cargo na última quarta-feira após ter denunciado a situação caótica do setor ao Cremerj, a medida foi tomada com a ciência da diretora do hospital, Lucia Bensiman.

— Isso está registrado em trocas de mensagens e foi confirmado por vários médicos. Protocolei documentos alertando para a necessidade de renovação dos contratos do médicos temporários que estavam deixando o setor, mas nada foi feito — diz Noronha.

Em nota, o Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde respondeu que a direção do HFB informou “não ter determinado suspensão de quaisquer serviços na unidade”.

Ontem, o Ministério Público Federal expediu recomendação para o que o HFB exiba em quadros de aviso e em seus sites na internet a escala com os nomes dos médicos e respectivas especialidades.

O Ministério da Saúde afirma que 94 médicos, sendo 40 clínicos, estão lotados na emergência do HFB.

— Já mostramos à direção que são 26 clínicos na emergência — garante Noronha.