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Na Mídia - Mulheres voltam a ser atendidas no corredor da maternidade do Miguel Couto

O Globo /

14/03/2017


RIO - Cinco dias após o GLOBO mostrar a superlotação na maternidade do Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul do Rio, as gestantes voltaram a ser atendidas no meio do corredor da unidade de saúde, de acordo com testemunhas. O novo flagrante foi feito por funcionários da unidade na noite desta segunda-feira, mesmo dia em que equipes do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) estiveram no local para fazer uma fiscalização.

Mulher em trabalho de parto no corredor do hospital, segundo denúnciaFuncionários denunciam superlotação na maternidade do Miguel Couto

— Chegou a ter cerca de dez mães com recém-nascidos no corredor na noite desta segunda-feira. Depois da visita do Cremerj, voltaram a internar um monte de mulheres — disse uma das testemunhas.

Na manhã desta terça-feira, o conselho informou que aguarda a conclusão do relatório. Procurada novamente pelo GLOBO, a assessoria da Secretaria municipal de Saúde, por sua vez, se limitou a uma resposta padrão e voltou a dizer que "não procede a informação de que gestantes ou outras pacientes tenham recebido atendimento no corredor da maternidade".

Segundo a secretaria, a unidade recebeu um "aumento da demanda espontânea de gestantes e pode redirecionar o recebimento de ambulâncias do programa Cegonha Carioca para outras unidades, caso seja necessário, garantindo assistência a todas as pacientes do hospital".

Na nota, porém, a assessoria afirma que "algumas pacientes precisaram aguardar liberação de leitos para internação, o que foi normalizado na tarde de hoje. A direção do hospital e a coordenação médica da maternidade estão à disposição de pacientes e seus familiares para esclarecer eventuais dúvidas sobre o atendimento".

Na semana passada foram feitas denúncias de que gestantes tiveram que receber atendimento no meio do corredor. Algumas, segundo relatos, passaram por procedimentos ali mesmo. Até recém-nascidos ficaram instalados fora dos leitos. Uma testemunha ressaltou que a situação se repete há muito tempo.

Na ocasião, a Secretaria municipal de Saúde afirmou que não procedia a informação de que gestantes ou outras pacientes tenham recebido atendimento no corredor da maternidade. “A unidade recebeu um aumento da demanda espontânea de gestantes e redirecionou o recebimento de ambulâncias do programa Cegonha Carioca para outras unidades, garantindo assistência a todas as pacientes que já estavam no hospital”, dizia trecho da nota.