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Na Mídia - UPA de Tamoios restringe serviços e atende somente pacientes graves

G1 /

10/11/2016


Medida foi tomada na manhã desta quinta-feira (10) em Cabo Frio, no RJ.
Pacientes afirmam que são orientados a procurar o Hospital de Tamoios.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Tamoios, 2º distrito de Cabo Frio, na Região dos Lagos, está com o atendimento restrito e feito somente a pacientes graves na manhã desta quinta-feira (10). Segundo a própria população, quem chega é orientado a procurar o Hospital Municipal de Tamoios, que fica próximo à UPA. O motivo é a falta de profissionais.

De acordo com funcionários da UPA, pelo menos 40 profissionais da Sáude, entre médicos, técnicos e enfermeiros, não recebem salários há cinco meses. Em entrevista à Inter TV, Rosane Tito, secretária de Saúde de Cabo Frio, admitiu os problemas na gestão e afirmou que concentra os funcionários em atendimentos graves.

"Amanhã (11) começa a sair o mês de setembro do estatutário, das emergências e urgências. [...] Eu acredito que no decorrer do mês vá pagando todo mundo. [...] O de outubro fica em aberto. Provavelmente vai receber em dezembro", disse ela acrescentando que, no lugar dos médicos, não deixaria de trabalhar por conta de falta de pagamento.

"Eu não deixaria de atender o paciente porque ele não pode pagar por um preço de alguma coisa que ele não cometeu. O problema é entre o profissional e a prefeitura [...] Não existe verba", pontuou. Rosane ainda comentou os apontamentos do Conselho Regional de Medicina, que inspecionou unidades municipais de Cabo Frio.

"Cremerj tem toda razão. As unidades não estão em condições devidas de atender, mas é o que nós temos. Nós vamos tentar melhorar o que é possível. Eu só vou ficar dois meses, eu só vim pra fechar mesmo esse ciclo do governo. Eu espero conseguir melhorar o atendimento do paciente, da população [...] Eu, hoje, infelizmente não tenho dinheiro. Eu não vou fazer, em dois meses, em milagre. Eu vou tentar melhorar a condição de vida do cidadão".

Problemas na Saúde

Nesta segunda-feira (7), o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) divulgou uma nota classificando a situação da saúde de Cabo Frio como "crítica". O Cremerj informou que fiscalizou recentemente os cinco hospitais da cidade e as duas UPAs e que foi constatado que elas "continuam sem condições adequadas de funcionamento".

Segundo a instituição, entre os problemas estão déficit de recursos humanos, ausência de equipamentos e de materiais, problemas estruturais, superlotação e salários atrasados.
Na semana passada, o Hospital Central de Emergências de Cabo Frio ficou com atendimento restrito por dois dias. Segundo a Secretaria de Saúde, a unidade estava atuando somente com dois médicos e atendendo somente pacientes graves.

Em setembro, o Hospital Central também ficou com o atendimento restrito por falta de funcionários. Na ocasião, a unidade tinha medicamentos e médicos, mas estava impossibilitada de atender emergências por não ter o número suficiente de técnicos de enfermagem para aplicar as medicações prescritas.

Segundo o município, as unidades ficaram sem funcionários para trabalhar neste período devido à greve da categoria, que cobrava salários atrasados.