Aviso de Privacidade Esse site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação. A ferramenta Google Analytics é utilizada para coletar informações estatísticas sobre visitantes, e pode compartilhar estas informações com terceiros. Ao continuar a utilizar nosso website, você concorda com nossa política de uso e privacidade. Estou de Acordo

Fórum CREMERJ debate mudanças no ensino médico

20/09/2010

A abertura indiscriminada de faculdades de Medicina em todo o Brasil foi um dos principais temas do evento “Fórum Cremerj e Ensino Médico: desafios e conquistas”, realizado pelo CREMERJ no dia 13 de setembro. Faculdades sem hospitais-escola ou sem parcerias com unidades de saúde podem estar com os dias contados. É que nesta segunda-feira, dia 20, o Conselho Federal de Medicina vai assinar uma parceria com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) oficializando a sua participação no Comitê de Acreditação do Ensino Médico no país. Segundo vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, o maior interesse é contribuir para que as escolas de Medicina ofereçam o melhor ensino aos alunos. “A formação de novas escolas deve atender a critérios rígidos de qualidade e necessidade social. Este processo deve fazer parte de um planejamento sólido dos governos, pautado em função da necessidade do país na formação dos profissionais médicos”,explicou. 

A primeira edição do “Fórum Cremerj e Ensino Médico: desafios e conquistas”, iniciativa pioneira realizada pelo CREMERJ, contou com mais de 200 participantes, todos acadêmicos de Medicina. O bom público surpreendeu a direção do CREMERJ. “Fico muito satisfeito em ver a adesão dos acadêmicos, porque isso demonstra a vontade dos jovens em investir na sua carreira e, principalmente, em sua formação ética”, afirmou Luís Fernando Moraes, presidente do CREMERJ.

Coordenadora da Educação Médica Continuada e vice-presidente do CREMERJ, Vera Fonseca explicou que o fórum tem como objetivo aproximar o Conselho das universidades, esclarecendo alguns fatores que são indispensáveis para a formação médica. “Entendemos que uma questão crucial para a formação de bons médicos é que a abertura de novas escolas de Medicina não pode estar pautada somente em interesses de mercado”, finaliza.

As recentes notícias de estudantes atuando sem supervisão também entraram em pauta. Os representantes do CREMERJ aproveitaram a oportunidade para esclarecer dúvidas e reforçar as questões para a prática da ética médica na rotina dos hospitais e a atuação de estudantes na dinâmica das unidades de saúde. “O acadêmico precisa estar ciente que ele não pode ficar responsável por prestar atendimento sozinho. Enquanto acadêmico, ele só pode participar de rotinas médicas se for supervisionado por um médico registrado no Conselho Regional de Medicina do seu estado”, frisou Luís Fernando Moraes.

A abertura oficial do fórum contou com a presença de autoridades do ensino médico e da saúde como o presidente da Academia Nacional de Medicina, Pietro Novelino; o segundo vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá Miranda; o representante da Comissão de Certificação de Hospitais e Universidades do Ministério de Educação e Cultura (MEC), Francisco Barbosa Neto; a representante regional da Associação Brasileira do Ensino Médico no Rio de Janeiro, Márcia da Silveira Charneca Vaz; o representante discente regional da Associação Brasileira do Ensino Médico no Rio de Janeiro, Fernando Guedes; o representante das Faculdades de Medicina Particulares do Rio de Janeiro, André Felipe Marcondes; e o representante dos acadêmicos internos, Helder Vilela de Oliveira e Silva.

O “Fórum Cremerj e Ensino Médico: desafios e conquistas” foi idealizado pelo programa de educação médica continuada e promovido pela Secretaria das Comissões e Câmaras Técnicas do Conselho, ambos do CREMERJ.