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Vacinação dos médicos contra Influenza H1N1

12/03/2010

CREMERJ questiona estratégia de vacinação dos médicos contra a Influenza H1N1 no município do Rio de Janeiro.

 

O CREMERJ enviou um ofício à Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil cobrando a inclusão de todos os médicos na primeira fase da vacinação contra a Influenza H1N1. O presidente do CREMERJ, Luís Fernando Moraes, contatou por telefone o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, e recebeu a garantia de que os médicos que não foram contemplados nesta primeira etapa serão vacinados a partir do dia 22 de março. A despeito desta informação, o CREMERJ mantém a solicitação de inclusão de todos os médicos nesta primeira fase da vacinação, já que, a partir do dia 22, estará aberta a vacinação para outros três grupos de risco.

Nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Saúde teria informado aos jornais que a campanha enfocaria apenas hospitais de emergência públicos, particulares e postos de saúde.O CREMERJ questiona esta informação de que não há protocolo para vacinação dos profissionais que atuam em consultórios e clínicas. Esta posição da Secretaria Municipal de Saúde é contrária às orientações divulgadas pelo Ministério da Saúde, que afirma que um dos objetivos da realização da vacinação no Brasil é “garantir o funcionamento dos serviços para atendimento ininterrupto dos casos suspeitos ou confirmados da Influenza H1N1, por meio da vacinação dos trabalhadores de saúde”. Ainda de acordo com o material divulgado pelo Ministério da Saúde, são considerados trabalhadores de saúde:

“Aqueles que estão na rede de serviços prestando atendimento diretamente à população, ou seja, são aqueles que, em razão das suas funções, estão sob potencial risco de contrair a infecção pelo H1N1 no contato com possíveis suspeitos da doença.\"

Nesse sentido estão aí incluídos os trabalhadores da atenção básica (estratégia saúde da família e modelo tradicional), dos serviços de média e alta complexidade (pequeno, médio e grande porte) e aqueles que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e no laboratório, cuja ausência por ter contraído influenza poderia vir a comprometer o funcionamento do serviço e o atendimento à população.”

Sendo assim, o CREMERJ considera que todo e qualquer médico deve ser incluído neste grupo, já que, mesmo nos consultórios, clínicas e hospitais privados, eles estarão na linha de frente do atendimento aos pacientes com suspeita de gripe A. Ao não vacinar todos os médicos, a secretaria expõe estes profissionais a risco desnecessário. Como o Ministério da Saúde afirma que há um número de doses proporcional à população dos grupos prioritários em cada Estado, o CREMERJ reforça que é preciso rever o critério de distribuição no município do Rio de Janeiro para que seja feita a vacinação de todos os médicos, independente do local de trabalho. Caso a Secretaria Municipal de Saúde não vacine todos os médicos, o CREMERJ tomará as medidas cabíveis para garantir este direito aos profissionais.