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CREMERJ ouve demandas do corpo clínico de Saracuruna

24/09/2020

A situação do atraso do pagamento do salário dos médicos do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, continua sendo acompanhada pelo CREMERJ. O presidente do Conselho, Walter Palis, os diretores Marcelo Erthal e Flavio de Sá e a coordenadora da Comissão de Saúde Pública, conselheira Margareth Portella, estiveram em reunião com o corpo clínico da unidade, nessa terça-feira, 22, para tratar do assunto.

O objetivo do encontro foi entender as demandas dos colegas e as particularidades de cada serviço. Atualmente, o Hospital de Saracuruna, como também é conhecido, está sendo gerido pela empresa Hygea, contratada recentemente pela prefeitura de Duque de Caxias para assumir a função pelo período de seis meses, depois de problemas com a Organização Social (OS) Iabas, cujo contratado era com o governo do estado.

Na unidade, os médicos continuam sem receber e alguns estão com atrasos salariais de mais de três meses. Além disso, os profissionais permanecem trabalhando no hospital sem qualquer tipo de vínculo empregatício. Devido a isso, o CREMERJ tem feito gestão junto a nova empresa para solucionar o caso.

“Viemos para ouvi-los e tentar de alguma forma avançar, já que é inadmissível trabalhar sem receber seus honorários. Há médicos que trabalham nesta unidade há anos e, hoje, está sem vínculo empregatício. É uma situação absurda, somos todos médicos e, como Conselho, entramos nesta luta para dar o suporte necessário”, destacou Walter Palis.

No encontro, ficou decidido solicitar os contratos para Hygea, a fim de avaliar detalhes do documento. Na ocasião, o CREMERJ informou estar em contato com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público do Trabalho e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, com o intuito de oferecer mais segurança aos médicos de Saracuruna.

Na última quinta-feira, 17, o CREMERJ recebeu membros do corpo clínico da unidade e da empresa para falar do modelo de contratação dos médicos, em que foi apresentada pela Hygea a Sociedade de Propósito Específico (SPE). Clique aqui e veja como foi este encontro. 

Reunião com a direção

Em Saracuruna, os representantes do CREMERJ também foram recebidos pelo diretor geral Manoel Moreira. Na ocasião, os conselheiros frisaram a importância da urgência em resolver o tipo de contratação e a questão do pagamento de salários atrasados dos médicos do hospital.

Cirurgia pediátrica

O impasse com a Hygea pode agravar a falta de recursos humanos, que, ultimamente, está mais acentuada. Por não aceitar as condições propostas pela empresa, como a redução do número de profissionais para cerca da metade, a equipe que atuava no setor de cirurgia pediátrica preferiu deixar a unidade, alegando que tal diminuição comprometeria a qualidade da assistência e outros serviços, como a emergência, pediatria, cirurgia geral e neonatologia, além da residência médica.

“O Hospital de Saracuruna é uma referência no atendimento de trauma em todo o estado, principalmente na Baixada Fluminense. Queremos que tudo se resolva o quanto antes”, declarou o vice-presidente do CREMERJ, Marcelo Erthal.