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Dois dedos de prosa com Benjamin Almeida

28/05/2019

Conselheiro do CREMERJ há oito meses e presidente da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), desde 2017, Benjamin Baptista de Almeida não poupa esforços para participar de tudo que cerca a medicina.

“Estou envolvido com o CREMERJ desde a abertura da seccional de Duque de Caxias, mas não conhecia a fundo a intensidade do trabalho desenvolvido aqui. O Conselho é uma universidade e estou aprendendo muito”, conta ele.

Benjamin nasceu na Maternidade Carmela Dutra, no Rio de Janeiro, e cresceu em Nilópolis e contou que sempre quis ser médico. Para isso, seus pais não pouparam esforços e sempre o incentivaram a estudar. Ele prestou vestibular para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFF), para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e para a Faculdade de Medicina e Cirurgia (atual UniRio). Passou nas três, mas escolheu a última para começar sua carreira.

“No 4º ano da faculdade, geralmente, as pessoas já sabem qual especialidade seguir, mas eu não me identificava com nenhuma. Foi, então, no segundo semestre do 5º ano que assisti uma aula sobre uma doença que tem comprometimento hematológico e dermatológico. O professor foi tão magistral que fez minha cabeça e tive certeza que seria dermatologista”, recorda Benjamin.

Fez internato e residência na Santa Casa de Misericórdia e, no fim da especialização, prestou concurso. Mais uma vez, passou. “Meu primeiro emprego oficial foi no Hospital Federal de Bonsucesso. Lá cheguei à chefia de serviço e permaneci na unidade por 38 anos”, disse ele.

Em 1984, Benjamin abriu seu consultório em Duque de Caxias e assim seguiu a vida profissional, alternando entre o serviço público e o privado. Segundo ele, são atividades completamente diferentes. “A medicina pública sofre um processo crônico de subfinanciamento, então os problemas são bem maiores. Mas, mesmo dentro das dificuldades, sempre via o lado humano: o paciente. Fui muito gratificado por isso, já que até hoje quando encontro ex-pacientes, eles me agradecem e sou sempre lembrado pelos colegas. Já a medicina de consultório é mais tranquila”, fala o dermatologista.

Benjamin participa do movimento médico associativo desde o ano de 94, quando entrou para a Associação Médica de Duque de Caxias. Exerceu a presidência por dois mandatos, até que foi convidado para a Somerj, que presidirá até 2020. “A Somerj percorre todo o estado levando educação médica continuada e reúne seu conselho deliberativo pelo menos seis vezes a cada ano, o que permite uma saudável convivência com os colegas das várias regiões de nosso estado, o que me fez mudar completamente, principalmente, quando fui incumbido da presidência da associação de Caxias. Deixei a timidez e o medo de falar em público de lado e isso foi muito importante para mim”, conta o conselheiro.

No dia a dia, Benjamin se divide entre o consultório, a Somerj e o CREMERJ. Ele conta que, nos tempos livres, gosta de ler e já foi praticante de pesca esportiva. Casado com uma professora, há 42 anos, pai de um piloto de helicóptero e avô de um pequeno de cinco anos, Benjamin se derrete em agradecimentos à família. “Se não fosse a compreensão, desprendimento e força da minha esposa, eu nunca seria quem sou”, emociona-se ele.