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CREMERJ realiza visita de inspeção no Inca

15/04/2019

A equipe do Departamento de Fiscalização (Defis) do CREMERJ, em inspeção realizada nesta sexta-feira, 12, no Instituto Nacional do Câncer (Inca I) constatou que o maior problema da unidade é a falta de recursos humanos, principalmente, técnicos de enfermagem, radioterapeutas, fonoaudiólogos e nutricionistas. Segundo as fiscais, essa carência acarreta na queda de produtividade e, por consequência, no comprometimento das atividades do hospital.

Além dos fiscais do Defis, os conselheiros Luiz Fernando Nunes e Clóvis Munhoz e a defensora pública do Estado, Thaíssa Guerreiro, também participaram da vistoria. Eles foram recebidos pelo diretor da unidade, Roberto Araújo Lima.

A fiscalização percorreu o Centro de Tratamento Intensivo (CTI), o Centro Cirúrgico, a Emergência, a Unidade Pós-operatória (UPO), a sala de quimioterapia e a enfermaria. Por ano, o Inca realiza cerca de quatro mil cirurgias no centro cirúrgico, que tem dez salas. No entanto, não conseguem utilizar todos os espaços, devido ao déficit de técnicos de enfermagem para abrir as salas. Os fiscais também constataram falta de insumos e de alguns medicamentos, porém nada que comprometesse o funcionamento da unidade.

No CTI do Inca atuam três médicos plantonistas, três enfermeiros, cinco técnicos e um fisioterapeuta. Na enfermaria, dos 31 leitos apenas um estava desocupado. Já na UPO, cinco leitos estão inativos (ao todo são nove). Os médicos ainda alegaram que, em média, o setor de quimioterapia realiza 50 sessões por dia.

Segundo o diretor da unidade, a maior parte dos contratos médicos da entidade foi feita por concurso público. Algumas vagas foram preenchidas com contratos temporários, por meio do Ministério da Saúde, e uma pequena parcela de médicos está envolvida apenas com pesquisas.

“Não há previsão de realização de concurso público e o número de profissionais em vias de se aposentar aumenta a cada ano. Além disso, eu tenho 30% dos profissionais do centro cirúrgico em licença de saúde”, explicou o diretor.

Na opinião do conselheiro, Clóvis Munhoz, o resultado da visita foi positivo. “Eu achei que, diante do quadro geral da saúde pública e das dificuldades nos centros de regulação, o hospital está com funcionamento e instalações excelentes. Segundo informações, o tempo de espera do paciente, para ser encaminhado ao tratamento adequado na unidade, varia apenas de um a dois meses, o que é bom. Porém, se esse doente demorar muito para chegar até o Inca, evidentemente, que o prognóstico será prejudicado. A principal dificuldade é a falta de profissionais técnicos e não de médicos”, concluiu Clóvis.