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Superlotação e falta de médicos prejudicam atendimentos do HFA

19/03/2019

Falta de médicos, de réguas de oxigênio para pacientes e superlotação na emergência foram alguns dos problemas encontrados no Hospital Federal do Andaraí (HFA), em vistoria do Departamento de Fiscalização (Defis) do CREMERJ, nesta segunda-feira (18). A diretora do Conselho Beatriz Costa acompanhou a vistoria junto com a promotora de Justiça Márcia Lustosa, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Saúde do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

Na emergência, no setor de trauma, havia apenas sete réguas de oxigênio para 19 pacientes internados em macas. Seis deles estavam em macas no corredor, sem identificação adequada, apesar de a unidade possuir Núcleo de Segurança do Paciente. Um paciente internado espera há quase um mês para receber tratamento de hemodiálise.

Pacientes em cadeiras
No quarto andar da unidade, conhecido como “tenda”, os pacientes estão internados em cadeiras por falta de leitos. Só há médicos no setor às segundas e quintas-feiras. Não há médico de rotina no setor às terças e quartas-feiras, aos sábados, domingos e nos plantões noturnos. Quando é necessário, nesses dias, o atendimento é feito por plantonistas do serviço de trauma – que, por sua vez, também tem déficit de médicos. Há falta de especialistas na unidade, como ortopedistas e urologistas para cumprir toda a grade de plantão.

A oncologia da unidade não tem leitos de retaguarda. O serviço de oncologia sofre com a falta de patologistas para emitirem laudos e com a demora do Sistema Estadual de Regulação (Sisreg) para encaminhar os pacientes para a radioterapia – feita fora do hospital.

No CTI, há leitos fechados por falta de profissionais de Saúde. Por vezes, cirurgias são suspensas por falta de vagas disponíveis no setor. Em toda a unidade, entretanto, 84% dos 302 leitos estão disponíveis.

Presença do MP
A diretora Beatriz Costa elogiou a presença da representante do Ministério Público na visita, parte de uma parceria estratégica com o CREMERJ, estabelecida em janeiro.

“É muito importante que o MP esteja junto do CREMERJ in loco para ter o panorama da Saúde do Estado do Rio de Janeiro e tentar, junto com os apontamentos das fiscalizações, mudar isso”, disse Beatriz Costa.