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Novo secretário de Saúde do Estado se reúne com o CREMERJ

04/12/2018

As diretoras do CREMERJ Célia Regina da Silva e Rafaella Leal receberam nesta segunda-feira, 03, o futuro secretário estadual de Saúde, o médico Edmar Santos, e parte de sua equipe. O encontro teve como objetivo discutir os principais problemas da rede pública do Estado. Na ocasião, a equipe da Comissão de Fiscalização (Cofis) do Conselho apresentou um relatório com um diagnóstico das redes estadual, municipal e federal do Rio de Janeiro.

Edmar, que ocupava o cargo de diretor-geral do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), contou que já está em andamento a elaboração de um plano de ação para conter a crise do sistema de saúde pública do Rio. Ele ressaltou que a parceria com o Conselho e demais entidades é fundamental para a construção de uma nova política para a pasta.

“É muito importante contar com a participação do CREMERJ, das sociedades de especialidade e de órgãos, como o Ministério Público e a Defensoria Pública. Vocês têm muito a contribuir, pois estão diretamente em contato com os médicos e também com os usuários. Por meio dessa troca de informações podemos fazer com que o planejamento esteja o mais completo possível”, disse o futuro secretário.

Rafaella Leal, que coordena a Cofis, falou sobre o trabalho que é desenvolvido pela comissão e apresentou o relatório, que foi feito com informações coletadas durante fiscalizações realizadas ao longo de 2018. As médicas fiscais Simone Assalie e Carolina Feo apresentaram o diagnóstico, que destacou como principais pontos a serem avaliados pela nova gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES): o fechamento e falta de leitos de UTI e CTI; a dificuldade para os usuários conseguirem medicação de alto custo e também órteses e próteses; a desobediência dos hospitais às normas básicas de segurança e higiene; a necessidade de reorganização do Sistema de Regulação (Sisreg); a deficiência da rede para atender pacientes com doença coronariana e vascular; a falta de locais para exames de hemodiálise; a precarização dos vínculos empregatícios; e o excesso de judicialização. Também foram apontados os problemas encontrados nos hospitais federais, como a falta de médicos e ofuncionamento crítico das emergências, com superlotação e ausência de medicamentos e insumos; e na rede municipal, entre elas a deficiência na atenção primária da Baixada Fluminense.

“O CREMERJ realiza muitas fiscalizações, mas algumas não têm um desdobramento satisfatório. Apontamos os problemas, sugerimos como fazer a resolução das deficiências, mas os governos não colocam em prática as melhorias. Com essa ação conjunta acreditamos que será possível trazer mais resoluções para a rede”, disse Rafaella.

Durante o encontro ficou acertado que o Cremerj e a SES irão elaborar, em conjunto, uma relação de cursos para a educação médica continuada para atender a demanda da rede e a SES irá ganhar assento em determinados grupos de trabalho do Conselho, para que ela possa participar das discussões.

“Contem com o CREMERJ. Temos todo o interesse em contribuir com ideias, sugestões e ações que possam melhorar a assistência médica do nosso Estado e também as condições de trabalho para os médicos”, disse Célia Regina.