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CREMERJ se reúne com secretária municipal de Saúde

01/11/2018

Preocupados com as notícias veiculadas na imprensa sobre o corte nas equipes das clínicas de família, o presidente do CREMERJ, Sylvio Provenzano, e a conselheira Margareth Portella se reuniram com a secretária municipal de Saúde do Rio, Ana Beatriz Busch. De acordo com o anunciado, no total, 239 equipes – 184 de saúde da família e 55 de saúde bucal – serão cortadas, levando à redução de 1,4 mil postos de trabalho.

Sylvio e Margareth questionaram a secretária sobre o impacto das medidas no atendimento à população e quais foram os critérios para tomar essa decisão. Os representantes do CREMERJ enfatizaram a importância da assistência básica e do investimento nas diversas áreas da Saúde.

“Segundo a secretária, não haverá desassistência em nenhuma área, mas ela não deixou claro como está sendo feito este remanejamento de equipes. O CREMERJ se preocupa com o impacto desta reestruturação, tanto na assistência quanto em relação à diminuição de postos de trabalho para os médicos. Vamos acompanhar de perto este assunto”, disse o presidente do CRM.

Margareth Portella também perguntou à secretária sobre a situação do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, também conhecido como Hospital de Acari, que enfrenta grave crise financeira por conta dos atrasos nos repasses da prefeitura. De acordo com a Organização Social (OS) Viva Rio, desde julho do ano passado, os pagamentos têm sido feitos de forma irregular. Por conta disso, a OS tem encontrado dificuldade para manter em dia o pagamento de fornecedores e o salário de funcionários, o que tem prejudicado diretamente o atendimento.

Em razão dos problemas com a falta de insumos e o não pagamento dos salários e dos fornecedores, as enfermarias foram fechadas há um mês e as cirurgias eletivas suspensas. De lá para cá, a unidade não admite nenhum paciente novo e, à medida que os que estão internados vão tendo alta, as vagas passam a ser bloqueadas pela Regulação. Contudo, a maternidade segue admitindo pacientes, mas pode fechar a qualquer momento também. No último dia 16, os profissionais decretaram greve.

“O Acari é um excelente hospital, além de prestar um serviço fundamental naquela região. Estamos falando de vidas, de pessoas que precisam de atendimento médico. Os funcionários que estão lá trabalham com muita dedicação. É inaceitável que a unidade esteja desta forma por causa da falta de dinheiro. A prefeitura precisa priorizar o pagamento das unidades hospitalares e garantir que a população tenha acesso a um atendimento digno e de qualidade”, disse a conselheira, que também integra a Comissão de Saúde Pública do CRM.

Sobre a unidade, a secretária explicou em detalhes os motivos que levaram à rescisão do contrato e esclareceu as causas das falhas de repasse. Ela ratificou que já está em curso o cálculo dos valores devidos à OS, tendo em vista, inclusive, a aplicação de multa na rescisão.