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CRM promove fórum sobre sarampo

20/07/2018

Em vista dos sete casos confirmados de sarampo no Estado, o CREMERJ se prontificou a trazer informações atualizadas sobre a doença em um fórum nesta quinta-feira, 19. As palestras foram ministradas por Alexandre Chieppe, médico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), e Renata Coutinho, do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Secretaria Municipal de Saúde, abrangendo aspectos epidemiológicos, clínicos e o diagnóstico. Ao final, houve espaço para perguntas da plateia. 

O sarampo não era visto no Rio de Janeiro desde 2000. Os casos isolados no campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vêm se juntar aos surtos na região Norte do país: Roraima tem 200 casos confirmados e o Amazonas tem 265. No entanto, Alexandre Chieppe acredita que não haverá epidemia da doença no Rio de Janeiro. 

“É um cenário novo no Estado e uma preocupação porque é uma doença altamente contagiosa que não víamos há 18 anos. Mas trata-se, por enquanto, de um surto isolado no campus, acometendo adultos jovens. Apesar de termos uma cobertura vacinal relativamente elevada em crianças, sabemos que também há bolsões de pessoas não vacinadas. Isso eventualmente pode causar, não uma grande epidemia, mas diagnósticos isolados em algumas regiões. Estamos aqui porque é importante que os médicos estejam prontos para fazer esses diagnósticos já que grande parte nunca viu um caso de sarampo”, explicou.

Em sua palestra, Chieppe alertou para os sintomas que podem fechar a suspeita de sarampo: febre e exantema maculopapular acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite. O médico que se deparar com paciente com alta suspeita de sarampo deve comunicar a SES pelo telefone (21) 3971-1108 ou pelo e-mail notifica@saude.rj.gov.br.

Renata Coutinho fez uma revisão sobre as vacinas que fazem a prevenção do sarampo: a tríplice viral e a tetra. O Ministério da Saúde deve lançar em breve uma nova campanha de vacinação nesse sentido e a recomendação é que se vacinem apenas os menores de 49 anos que não tomaram as duas doses. A vacina de bloqueio, que tem recomendação para ser aplicada 72h após contato com paciente infectado, só precisa ser tomada por quem não foi imunizado previamente.

“O sarampo era uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil e sua vacina foi inserida nos anos 1960. Nos anos 80, a parceria do Brasil com o Japão possibilitou que nos tornássemos capazes de produzir a vacina e suprir nosso mercado. Como não existem estudos que comprovem vantagem em uma terceira dose da vacina, a indicação é de que aqueles que tomaram as duas doses após os 12 meses de idade não precisam se vacinar novamente”, orientou a médica.

A mesa de abertura do evento foi composta pelo presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, o vice-presidente e responsável pelo setor de Educação Médica Continuada, Renato Graça, e a responsável pela Câmara Técnica de Doenças Infecciosas e Parasitárias e de Controle de Infecção Hospitalar, Marília de Abreu. Estiveram presentes também os conselheiros Serafim Borges e Gil Simões.